Em reunião realizada na manhã desta quinta-feira, em São Paulo, petistas e representantes de movimentos sociais aliados ao partido pregaram “desobediência” a decisões judiciais como caminho que deve ser seguido a partir de agora, diante da decisão do Tribunal Federal da 4ª Região (TRF-4). João Pedro Stédile, da coordenação nacional do Movimentos dos Trabalhadores Sem Terra (MST), afirmou que os movimentos não deixarão que Lula seja preso.
“Aqui vai um recado para dona Polícia Federal e para o Poder Judiciário: não pensem que vocês mandam no país. Nós, os movimentos populares, não aceitaremos de forma alguma e, impediremos com tudo que for possível, que o companheiro Lula seja preso”, discursou Stédile, sendo interrompido por aplausos da plateia.
Líder do partido no Senado, Lindbergh Farias (RJ), disse não acreditar que Lula conseguirá uma decisão favorável no Judiciário que o permita concorrer.
“Não tenho ilusão de que vamos achar saídas por dentro das instituições. Vamos derrotar esse golpe com uma liminar judicial? Não. Só temos uma caminho, que são as ruas, as mobilizações, rebelião cidadão, desobediência civil”, afirmou o senador. Lindbergh acrescentou que para prender Lula terão que “prender milhões de pessoas” antes.
O partido reuniu a sua executiva na sede da CUT. Além de Lula, participaram do encontro, que durou todo o dia, a ex-presidente Dilma Rousseff e os governadores do partido.