A atuação da Polícia Civil e da Militar em Ribeirão Preto, no ano passado, foi satisfatória, apontam os dados do levantamento “Estatísticas da Criminalidade”, divulgados pela Secretaria de Estado da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP) nesta semana. Além de registrar queda nos crimes contra a vida entre 2016 e 2017 – apenas os estupros aumentaram –, modalidade difícil de combater porque não depende de patrulhamento ostensivo, também houve retração dos crimes contra o patrimônio.
As exceções foram os roubos de carga, que saltaram de 41 para 52 – onze a mais e aumento de 26,8% –, e os de veículos, que fecharam 2017 com 730 ocorrências, oito a mais que as 722 de 2016, alta de 1,10%. As médias mensais e diárias nos dois períodos são semelhantes – 60 por mês e duas por dia, respectivamente. Os roubos de carros, caminhões, motos e afins caíram 7,8% de 2015 para o ano passado, de 783 (65 por mês e mais de duas por dia) para 722, diferença de 61 casos. A taxa por 100 mil veículos caiu 0,65%, de 142,72 para 141,78. A mais alta em 19 anos foi constatada em 2014 (313,97), e a menor em 2008 (68,58).
Os demais crimes contra o patrimônio recuaram no ano passado em comparação com 2016. No total, os casos de roubo – quando a vítima sofre ameaça (entram na estatística os de carga e a bancos) – caíram 0,4%, de 3.730 (média mensal de 310 e diária de dez) para 3.715 (cerca de 309 por mês e mais de dez por dia), 15 ocorrências a menos. Entre 2015 e 2016, os roubos aumentaram 6,57%, de 3.500 (291 por mês e mais de nove por dia) para 3.730, com 230 ocorrências a mais. A taxa por 100 mil habitantes caiu 1,47%, de 569,56 para 561,18. A mais alta em 19 anos foi constatada em 2000 (703,82), e a menor em 2008 (489,97).
Os casos de furto baixaram de 10.339 (861 por mês, 28 por dia) para 9.052 (média mensal de 754 e diária de 25), 1.287 a menos, queda de 12,4%. Entre 2015 e 2016, caíram 3,73%, de 10.740 (895 por mês, mais de 29 por dia) para 10.339), 401 a menos. A taxa por 100 mil habitantes caiu 13,4%, de 1.578,73 para 1.367,38, a menor em 19 anos – a mais alta foi constatada em 2005 (2.304,88).
Os casos de furto de veículos despencaram 29%, de 2.095 em 2016 (média mensal de 174 e diária de quase seis) para 1.488 (124 por mês e mais de quatro por dia), 607 a menos. A SSP/SP constatou um aumento de 2,2% entre 2015 e 2016, de 2.050 (171 por mês e superior a cinco por dia) para 2.095, 45 a mais. A taxa por 100 mil veículos caiu 13,4%, de 414,11 para 289,01, também a menor da série histórica – a mais alta foi constatada em 2004 (752,75). A taxa por furto e roubo de veículos por 100 mil habitantes fechou 2017 em 335,05, contra 430,15 do ano anterior, queda de 22,1%. A mais alta é de 2013 (682,22) e a mais baixa, de 2001 (238,10).
O índice de recuperação de veículos pelas polícias Civil e Militar caiu 2,8%, de 1.473 em 2015 (120 por mês) para 1.432 no ano passado (média mensal de 119 e diária de quase quatro), 41 a menos. Na comparação entre 2016 e 2017, a queda foi de 18,8%, com 270 a menos – baixou para 1.162 (perto de 97 por mês e mais de três por dia).
As ações envolvendo drogas permaneceram praticamente estáveis. Houve queda no caso de porte de entorpecentes – caiu 11,6%, de 121 em 2016 (dez por mês) para 107 (média mensal de nove), com 14 a menos – e de operações contra o tráfico – recuou 0,23%, de 854 para 852 (71 por mês nos dois períodos), duas a menos. Os casos de apreensão – quando não há pessoas envolvidas – passaram de 82 para 86, alta de 4,9% e quatro ocorrências a mais (média aproximada de sete nos dois anos).