Tribuna Ribeirão
Política

Promotoria recebe pedido de inquérito

O vereador Marcos Papa (Rede Sustentabilidade) ingres­sou, na Promotoria do Meio Ambiente do Ministério Público Estadual (MPE), com represen­tação pedindo a abertura de in­quérito para investigar a suposta prática indiscriminada de euta­násia por parte da Coordenado­ria de Bem-Estar Animal (Cbea) da prefeitura de Ribeirão Preto.

Na representação, o vereador reproduz trechos do depoimen­to prestado pela coordenadora Carol Vilela, em 12 de dezem­bro, na Câmara de Ribeirão Pre­to. Na ocasião, ela revelou que o departamento não conta com equipamento de raio-X e que, por isso, animais poli-traumati­zados (com múltiplas fraturas), em caso de sofrimento extremo, estavam sendo eutanasiados.

A declaração da Carol Vilela causou comoção entre as enti­dades de defesa dos direitos dos animais, que passaram a pedir a saída dela do cargo, o que não aconteceu. Após o depoimento, a coordenadora e o médico vete­rinário da Cbea, Gustavo Cunha Silva, emitiram nota argumen­tando que as eutanásias estavam amparadas por lei.

De acordo com Gustavo Cunha Silva, “a prática clínica em todas as suas modalidades (inclusive eutanásia) é da com­petência privativa de médicos veterinários (lei nº 5.517, de 23 de outubro de 1968) e os pro­cedimentos e métodos de eu­tanásia em animais são regula­mentados pela resolução de nº 1.000, de 11 de ao de 2012, do Conselho Federal de Medicina Veterinária. Assim, o médico veterinário após criteriosa ava­liação clínica quando opta pela indução da cessação da vida ani­mal, o faz por meio de método tecnicamente aceitável e cienti­ficamente comprovado, obser­vando sempre os princípios éti­cos e legais”.

Na representação proto­colada no Ministério Público, Marcos Papa discorda, susten­tando que as eutanásias reali­zadas na Cbea, simplesmente por não dispor de estrutura para oferecer o tratamento ne­cessário a um animal poli-trau­matizado, fere o disposto na lei estadual nº 12.916, de 2008, que só permite eutanásias “nos casos de males, doenças graves ou enfermidades infecto-con­tagiosas incuráveis (…)”.

Papa afirma que a Cbea adota “práticas absolutamente ultrapassadas e malferidas ao bem estar animal”. “Espero que o Ministério Público aja e que a Cbea não volte a cometer ilega­lidades, como as admitidas pela coordenadora em sabatina na Câmara. Também não é razoável que Ribeirão Preto não tenha de fato políticas públicas nesta área e que a coordenadoria continue desestruturada. Continuo de­fendendo intervenção na Cbea e uma coordenadora tecnicamen­te mais preparada”, diz.

Veterinário explica – A Co­ordenadoria de Comunicação Social da prefeitura de Ribeirão Pretpo divulgou relatório assina­do pelo médico veterinário Gus­tavo Cunha Almeida Silva em que ele explica que as eutanásias praticadas na Coordenadoria de Bem Estar Animal (Cbea) estão previstas em lei, e que a prática evita o sofrimento. Diz que não há nada de ilegal ou cruel e que segue todas as recomendações e a legislação que discorre so­bre o assunto.

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