As vendas do comércio ribeirão-pretano cresceram 0,38% em dezembro do ano passado na comparação com o mesmo período de 2016, quando a variação foi de 0,23%. O Natal ajudou a interromper uma sequência de três meses seguidos de queda, aponta a pesquisa Movimento do Comércio, realizada mensalmente pelo Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto e Região (Sincovarp) – o balanço anual deve ser divulgado na próxima semana.
No acumulado de 2016, as vendas no varejo ribeirão-pretano caíram 2,73%. O índice foi melhor do que o de 2015, quando a queda chegou a 3,78%, e melhor que a média nacional, que registrou variação negativa de 6,2%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O pior resultado do ano foi registrado em outubro – nem o Dia das Crianças conseguiu segurar os negócios do setor –, com recuo de 2,84%.
Em novembro a queda foi de 1,21% e, em setembro, as vendas recuaram 0,63%, depois de registrar crescimento de 1,13% em agosto e de 0,08% em julho. O Sincovarp já havia registrado queda de 1,58% em junho, 1,56% em maio, 1,78% em abril, 0,87% em março, 2,47% em fevereiro e 1,97% em janeiro.
Entre as empresas entrevistadas, 56,3% consideraram que venderam mais em dezembro de 2017 do que no mesmo mês do ano anterior, enquanto 39,5% disseram o contrário e 4,2% declararam que os dois períodos foram equivalentes. Segundo Marcelo Bosi Rodrigues, economista do SINCOVARP, responsável pela pesquisa, apesar do resultado tímido, o fato de ser positivo num mês tão importante quanto dezembro traz algum alívio para o comércio.
“O número médio, apesar das diferenças entre os resultados dos setores, reflete o ano de 2017, em que a economia não conseguiu deslanchar, apenas demonstrar breves sinais de recuperação, mas sem manter-se firme no crescimento. O que podemos fazer é olhar para frente e ter a certeza de que o pior já passou, mas a recuperação tão desejada vem acontecendo ‘a passos de formiga e sem vontade’, em grande parte, graças ao fato de que a cada conquista na área econômica vem acompanhada de um novo escândalo de corrupção. Já são tantos que nem conseguimos nos lembrar de todos”, diz.
Setorial – Entre os setores, o melhor resultado foi apresentado por eletrodomésticos (6,90%), seguido de perto por calçados (4,09%), ótica (1,98%), móveis (1,90%) e presentes (0,68%). Do lado negativo, o segmento que apresentou o pior resultado foi cine/foto (-5,22%). Na sequência aparecem tecidos/enxoval (-3,60%), livraria/papelaria (-3,15%) e vestuário (-0,10%).
Emprego – Com relação ao emprego, o estudo apurou um aumento médio de 0,33% nos postos de trabalho em dezembro. Entre as empresas entrevistadas, 93,7% mantiveram o número de funcionários durante o mês, enquanto 4,2% das consultadas contrataram e 2,1%, demitiram. Entre os setores, cine/foto mostrou redução de 12,50% nos quadros funcionais, enquanto calçados e livraria/papelaria abordaram aumentos respectivos de 12,5%e 3%.
Modalidade de pagamento – No que se refere às modalidades de pagamentos utilizadas, o estudo continua a apontar a predominância do cartão de crédito, utilizado em 55,27% das compras. Os pagamentos à vista responderam por 31,74% das transações e a modalidade a prazo, com cheques pré-datados ou carnês, representaram 12,99%. O segmento que teve maior venda com cartão de crédito foi o de tecidos/enxoval (72,20%). As vendas à vista foram predominantes em livraria/papelaria (55%). A prazo, o setor de móveis liderou (24%).