Tribuna Ribeirão
Política

Maia vê ‘protagonismo excessivo’ do Judiciário

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou nesta terça­-feira, 16, o que vê como “protago­nismo excessivo” do Poder Judici­ário e afirmou que a suspensão da nomeação da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) para o Ministério do Trabalho pode afetar a vota­ção da reforma da Previdência. “Acho que isso está desorgani­zando o Brasil”, disse Maia, em visita a Washington.

Em encontro na Câmara de Comércio Brasil-EUA, Maia ob­servou que encara “sem nenhum tipo de otimismo” a votação da reforma da Previdência e ressal­tou que o dia 19 de fevereiro é o prazo limite para sua aprovação neste ano. “Se você não conse­guir votar em fevereiro, você não conseguirá votar mais”, afirmou.

A jornalistas, Maia negou que tenha sido pessimista em sua avaliação. “Eu não posso ir para nenhum ambiente no Brasil ou no exterior e mentir. Já tem muito político mentiroso no Brasil, né? Acho que chega. Está na hora de a gente falar a verda­de, e a reforma da Previdência não é uma votação simples.”

“Nós temos problemas hoje no Brasil na relação entre o Po­der Judiciário e, principalmen­te, o Poder Executivo. Algumas decisões do presidente têm sido barradas pelo Judiciário, o que é grave”, ressaltou, em referência à liminar que suspendeu a nome­ação da deputada do PTB para o Ministério do Trabalho. “Isso gera algum impasse dentro de um partido que não tem muitos votos, mas para essa votação, onde a gen­te sabe que não é fácil chegar ao número necessário, isso gera di­ficuldades e atrasa a capacidade de articulação do governo.”

O parlamentar também acusou o presidente da Associa­ção dos Juízes Federais do Bra­sil (Ajufe), Roberto Veloso, de mentir sobre a reforma da Pre­vidência. “O juiz Veloso está de­fendendo o seu interesse e usa o exemplo do trabalhador, do mo­torista de ônibus, para defender a manutenção dos seus benefí­cios, da aposentadoria acima de R$ 20 mil, de seus auxílios.” Ve­loso considera que a reforma da Previdência “vai ser nociva para o conjunto dos trabalhadores”.

Bolsa Família – O Bolsa Fa­mília não é um “bom programa social”, por não ter mecanismos que permitam a independência de seus beneficiários, afirmou nesta quarta-feira, 17, o presi­dente da Câmara dos Deputa­dos, Rodrigo Maia. “Criar um programa para escravizar as pes­soas não é um bom programa social. O programa bom é onde você inclui a pessoa e dá condi­ções para que ela volte à socie­dade e possa, com suas próprias pernas, conseguir um emprego”, disse o parlamentar durante dis­curso no Brazil Institute do Wil­son Center, em Washington.

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