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Polícia Civil e Gaeco prendem clientes e advogados em Ribeirão

Escritório de advocacia, alvo da Operação Temis

O Centro de Inteligência da Delegacia Seccional de Ribeirão Preto, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), estão cumprindo desde às 6 horas da manhã desta quinta-feira (11), sete mandados de prisão preventiva e 20 de busca e apreensão em escritórios de empresas e advocacia em Ribeirão Preto.

No escritório de advocacia “Lodoli, Caropreso, Bazo e Vidal”, foram expedidos mandados de prisão para os advogados Klaus Phillip Lodoli, Ramzy Khuri da Silveira, Ângelo Luiz Feijó Bazo e Renato Rosin Vidal. São considerados foragidos  advogado Gustavo Caropreso Soares de Oliveira e Ruy Rodrigues Neto, presidente da Associação “Eu vou trabalhar”.

Batizada de “Têmis” (divindade grega que representa a Justiça), a operação – segundo nota da Polícia Civil – vinha investigando há cerca de um ano as fraudes judiciais, que somariam  mais de R$ 100 milhões a instituições bancárias.

Pelo golpe, clientes e advogados exigiam, na Justiça, supostas diferenças de expurgos inflacionários decorrentes do “Plano Verão”. Os beneficiários seriam correntistas do extinto banco Nossa Caixa, incorporado pelo Banco do Brasil. A investigação, porém, identificou que os autores dos processos – todos estão em sigilo de Justiça – teriam nomes comuns, inclusive muitos homônimos.

“Verificou-se que os supostos autores das ações possuem nomes comuns, com diversos homônimos, não guardando vínculo pessoal ou profissional com o domicílio das contas, ou as comarcas onde foram distribuídas as ações e, na verdade, apurou-se que não eram os verdadeiros correntistas”, diz o comunicado.

“Com isso, a fraude processual baseada em quebra de sigilo bancário e subsequente captação de clientela induziu a erro o poder judiciário e poderia ocasionar um prejuízo estimado aos bancos em torno de cem milhões de reais”, diz a nota.

Os suspeitos estão sendo conduzidos à Central de Flagrantes da Polícia Civil e depois serão encaminhados ao Centro de Detenção Provisória.

 

 

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