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O presidente decreta desesperadamente!

No declinar do ano de 2017 assistimos novas incoerências do governo brasileiro. O presidente decreta desesperadamente o Indulto Natalino aumentando benefícios para condenados de “colarinho branco”, como a diminuição da pena de 1/4 para 1/5, ou seja, que cumpram apenas 20% da pena e não mais 25%. Como se não bastasse, decreta o perdão das multas impostas pelos juízes. A população ficou por entender a “misericórdia” do presidente da República para com corruptos, ladrões e formadores de quadrilhas que assaltaram o País nas últimas décadas.

Embora o Ministro da Justiça, que ficou totalmente perdido, tentando justificar o injustificável, tenha afirmado que não se tratava de nenhuma tentativa de enfraquecer a Lava Jato, o povo que pensa e sabe ler nas entrelinhas o “desespero” de um governo que já não sabe mais para onde “atirar”, obteve a resposta da ministra Cármem Lúcia, de que não se pode conceber a impunidade de bandidos, mesmo que enriquecidos criminosamente, com o suor de um povo bom e sofrido.

Mais uma covardia do governo federal, é agora remeter ao Supremo Tribunal Federal, a responsabilidade de decidir sobre a “malandragem” do próprio presidente, que foi tão benevolente com os condenados a mais de 12 anos de prisão, pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Dá a impressão de que o presidente com tal decreto assina sua conivência e ativa participação nas atividades criminosas dessa corja.

Já com o povo brasileiro o mesmo presidente parece bem menos indulgente. No mesmo entardecer do ano de 2017, outro decreto presidencial anuncia um salário mínimo para este ano de 2018, de apenas R$ 954,00. De um lado decreta o perdão judicial das multas recorrentes dos prejuízos causados aos cofres públicos por políticos e empresários enriquecidos ilicitamente, e de outro lado, pela segunda, diminui o salário mínimo do trabalhador honesto. Ou seja: o povo pobre do Brasil rico continuará pagando as contas das mordomias de gastos públicos escandalosos.

Os assalariados continuarão mantendo os privilégios descabidos de seus representantes, dos quais uma parcela comprometida com seus eleitores, enquanto que as maiorias dos políticos promove a diabólica “cultura da sobrevivência”. Sim, porque viver dignamente com o salário mínimo decretado é pura demagogia. Um salário mínimo não paga nem a bebida dos jantares e almoços de nossos representantes que engordam de tanto desperdício. Da mesma maneira o salário mínimo não paga nem os medicamentos que sobem de preços a cada mês, especialmente dos aposentados, esses que de fato são obrigados a viver com o salário mínimo.

Desejo ardentemente que um dia muito próximo todos os servidores do povo, especialmente os políticos eleitos, vivam honestamente com um único salário mínimo de R$ 954,00 por mês. Tenham as condições de desempenhar o serviço público com dignidade, por meio de moderadas verbas comple-mentares, mas que sejam assalariados como a maioria do povo que trabalha de segunda a sexta-feira e quando falta, tem o dia descontado.

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