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Prédio é demolido após desabamento

Um tradicional prédio na re­gião central de Cravinhos, cida­de vizinha a Ribeirão Preto, foi demolido nesta quinta-feira, 4 de janeiro, depois que parte da es­trutura desabou devido às chu­vas que caíram nos últimos dias no município, acompanhadas de rajadas de vento. O centená­rio prédio fica na bifurcação das ruas XV de Novembro (principal da cidade) com Cristiano Barre­to e já foi foi hotel, loja comercial, pensão, cortiço, clube, sede do Partido dos Trabalhadores (PT) e mais recentemente, brechó.

O imóvel já estava condena­do, segundo o Tribuna apurou, com várias fissuras e rachaduras. O prédio não é tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimô­nio Histórico, Arqueológico, Ar­tístico e Turístico (Condephaat). A sede da Secretaria Municipal da Cultura, instalada no Me­morial Casa Libaneza – Espa­ço Cultural de Cravinhos, fica à poucos metros dali, no número 259 da rua XV de Novembro.

Em 2009, após uma forte chuva, a população cravinhense já havia sido surpreendida com outro caso de desabamento. Em 24 de fevereiro daquele ano, uma parte da história da cidade foi ao chão, quando um temporal der­rubou a primeira Igreja Matriz de Cravinhos, a de São Benedito. No local sobrou somente a fa­chada. O caso teve repercussão nacional, já que era uma edifica­ção de 1888, uma das mais anti­gas do Estado de São Paulo.

Ninguém acreditava que tal patrimônio histórico poderia um dia ser reconstruído, entre­tanto o cônego Ronaldo Ferreira Vianna e o seu advogado Luís Rodrigo Rigo Benzi transforma­ram o desafio em uma missão divina. Em junho de 2010 co­meçou a obra para que a igre­ja retornasse ao que era antes. Após um ano e três meses, em 5 e outubro de 2011, a Igreja de São Benedito foi reinaugurada, no Dia de São Benedito.

As paredes e o telhado foram reerguidos, o altar e a porta res­taurados, os vitrôs reformados e recolocados, o piso preservado e agora a Igreja São Benedito re­cebeu pintura original. O custo total da obra foi orçado em R$ 160 mil. A paróquia fez rifas e contou com o apoio da popula­ção. Agora, mais um patrimônio da cidade desabou.

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