O meia Lucas Lima foi apresentado nesta quarta-feira como jogador do Palmeiras, vestiu a camisa 20 e durante a primeira entrevista no novo clube falou repetidas vezes sobre como amenizar a antiga rivalidade. O ex-jogador do Santos relembrou o passado de provocações ao time atual, mas disse estar preparado para pouco a pouco superar essa resistência e, quem sabe, até realizar as mesmas ironias, só que agora pelo lado alviverde.
“Logo que surgiu a oportunidade de vir para o Palmeiras, eu analisei com carinho, independentemente das provocações. Quando as conversas avançaram, vi que o projeto era o ideal para a minha carreira, vi que era o melhor clube para dar continuidade. Eu recusei financeiramente propostas superiores. Estou feliz, louco para estrear”, afirmou o jogador, que assinou contrato por cinco temporadas.
Lucas Lima viveu episódios de rivalidade com o Palmeiras desde 2015. Naquele ano, o Santos e o time alviverde disputaram as finais do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil, em decisões marcadas por intensas provocações em entrevistas e nas redes sociais. No Estadual, por exemplo, o gol decisivo do título foi marcado pelo meia, que tatuou na perna o momento em que beija a bola antes da cobrança final de pênalti.
“É uma tatuagem que diz que sou eu. Não tem o símbolo de nenhuma equipe, é um momento meu e não está direcionado a nenhum time. É uma particularidade minha”, explicou. Lucas Lima contou que neste primeiro dia de trabalho com o novo clube foi bem recebido pelos colegas e escutou brincadeiras sobre provocações antigas e a rivalidade. Um dos que tocaram no assunto foi o goleiro Fernando Prass.
Questionado na entrevista se usaria as redes sociais para provocar rivais, como fez quando estava pelo Santos, Lucas Lima não descartou a possibilidade. “A provocação vamos ter que ver. Ela é natural. Então, vamos ver o que acontece na hora”, comentou.
Se a chegada ao Palmeiras traz ao meia a expectativa de saber como será a relação com a torcida, o convívio com os santistas será frio. Lucas Lima contou ser alvo de protestos. “Eu coloquei no Twitter que meu coração é verde. A verdade é essa. Vejo pelas redes sociais que não vou ter uma relação com a torcida do Santos. Mas não me importa. Vim para o Palmeiras para ser feliz, ganhar títulos”, afirmou.