Tribuna Ribeirão
Política

Grupo dos 15 deve comandar comissões

A Câmara de Ribeirão Preto volta do recesso parlamentar em 1º de fevereiro, quinta-feira, quan­do os 27 vereadores definirão a composição das 23 comissões per­manentes. Duas delas, a de Justiça e Redação – a popular Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) –, e a de Finanças, Orçamento, Fisca­lização, Controle e Tributária, são consideradas as mais importantes no jogo político porque a maioria dos projetos depende do parecer favorável de ambas – obrigatoria­mente, qualquer proposta tem de passar pela CCJ.

É por isso que nos bastido­res do Palácio Antônio Machado Sant’Anna, sede do Legislativo municipal, os dois grupos que disputaram a eleição para a Mesa Diretora da Câmara em 14 de de­zembro já se movimentam para eleger os presidentes das duas co­missões. Isaac Antunes (PR), que comandou a CCJ no ano passado e garantiu dois votos para o cha­mado “Grupo dos 15 (G-15)”, pode ser reeleito para o cargo.

O Partido Republicano de Antunes e Adauto Marmita aju­dou a eleger o presidente Igor Oliveira (PMDB), mas não acei­tou nenhum dos demais cargos da Mesa Diretora. Por isso o ve­reador do PR deve seguir à frente da Comissão de Justiça. Os ru­mores, aliás, são de que o G-15 já teria uma lista com os nomes de todos os parlamentares indi­cados para presidir as principais comissões permanentes.

O presidente de outra comis­são importante, a de Finanças, atualmente comandada por Mar­cos Papa (Rede Sustentabilidade), também deverá ser eleito pelo “Grupo dos 15”. Projetos impor­tantes como as leis Orçamentá­ria Anual (LOA) e de Diretrizes Orçamentárias (LDO) têm de passar pela comissão. Ninguém fala abertamente sobre a com­posição. Um parlamentar disse ao Tribuna que o G-15 deve co­mandar as principais comissões, mas não citou nomes. Outro ga­rante que ainda é cedo para dis­cutir o assunto, pois falta cerca de um mês para o fim do recesso e até lá muita coisa pode mudar.

Cada comissão permanente da Casa de Leis tem entre três e cinco integrantes. Não basta ter a maio­ria de votos para definir quem vai participar, é preciso respeitar a proporcionalidade das bancadas, como determina o Regimento In­terno (RI) da Câmara.

Em dezembro, Igor Oliveira venceu o colega Marco Antonio Di Bonifácio, o “Boni” (Rede Sustentabilidade), por 15 votos a 12. Ambos são vereadores de primeiro mandato. O peemede­bista assumiu o cargo em 1º de janeiro em substituição a Rodri­go Simões (PDT), que desistiu de concorrer à reeleição.

Pelo mesmo placar (15 a 12), também foram definidos os de­mais integrantes da Mesa Diretora: o primeiro vice-presidente Orlan­do Pesoti (PDT), o segundo vice Alessandro Maraca (PMDB), o primeiro secretário Lincoln Fer­nandes (PDT) e o segundo Fa­biano Guimarães (DEM). Se não houver nenhuma surpresa até fe­vereiro, esse grupo deverá coman­dar as duas principais comissões da Casa de Leis.

O “Grupo dos 15” surgiu como oposição ao governo do prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB), que pretende aprovar vários projetos importantes neste ano, como as revisões do Plano Diretor e da Planta Ge­nérica de Valores (PGV), que serve de base de cálculo para o IPTU. Logo após o resultado da eleição ser anunciado, a prefeitu­ra emitiu nota:

“O poder Executivo deseja ple­no sucesso aos novos integrantes da Mesa Diretora da Câmara Mu­nicipal, pelo bem de nossa cidade. A independência dos poderes é a chave do bom funcionamento da democracia. E com a posse da nova Mesa no início de 2018, o Executivo manterá o relaciona­mento republicano e a prática do diálogo que adotou ao longo deste ano, em nome do interesse da população de Ribeirão Preto”, diz o comunicado.

Neste ano, o Supremo Tri­bunal Federal (STF) também poderá influenciar na Câmara de Ribeirão Preto: a Corte vai de­cidir se o Legislativo municipal terá 22 vereadores agora ou so­mente a partir da próxima legis­latura (2021-2014). Se a redução for imediata, o jogo do poder na Casa de Leis terá mudanças.

A Câmara, que no ano passa­do teve 22 comissões permanen­tes – contando com o Conselho de Ética –, terá em 2018, 23 por causa do desmembramento da de Meio Ambiente Agricultura, Indústria, Comércio e Serviços, que deu origem a outras duas – a de Desenvolvimento Econômico e a de Meio Ambiente e Susten­tabilidade. Duas comissões têm os mesmos integrantes, mas apa­recem desmembradas no site do Legislativo: a de Comunicação e a de Comunicação Social.

O G-15 que elegeu Igor Oli­veira conta com Alessandro Ma­raca (PMDB), Marinho Sampaio (PMDB), Orlando Pesoti (PDT), Lincoln Fernandes (PDT), Nelson das Placas (PDT), Luciano Mega (PDT), Jean Corauci (PDT), An­dré Trindade (DEM), Fabiano Guimarães (DEM), Isaac Antu­nes (PR), Adauto Marmita (PR), Jorge Parada (PT), Mauricio de Vila Abranches (PTB) e Otoniel Lima (PRB).

A oposição tem Marco Antô­nio Di Bonifácio, o “Boni” (Rede), Marcos Papa (Rede), Gláucia Be­renice (PSDB), Bertinho Scandiu­zzi (PSDB), Maurício Gasparini (PSDB), Ariovaldo de Souza, o “Dadinho” (PTB, substitui Waldyr Villela, do SPD, afastado pela Justiça), Renato Zucoloto (PP), Elizeu Rocha (PP), João Batista (PP), Paulinho Pereira (PPS), Rodrigo Simões (PDT) e Paulo Modas (Pros).

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