O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou no domingo o aumento em 40% do salário mínimo, em sua mensagem de fim de ano, segundo a estatal Agência Venezuelana de Notícias. A elevação vale também para os aposentados, enfatizou o presidente.
Maduro disse ainda que em janeiro serão divulgados detalhes sobre os mecanismos de aplicação do petro, a moeda virtual que o governo de Caracas disse anteriormente que pretende lançar. A ideia é que a moeda virtual seja garantida pelas reservas energéticas nacionais.
A agência oficial disse também que Maduro qualificou 2017 como um “ano de assédio aos venezuelanos”, de diversas formas: “a desestabilização econômica, traições, violência armada, protestos organizados, sabotagem aos serviços públicos, perseguição internacional, bloqueio econômico e financeiro contra a república”. O presidente disse, porém, que a Venezuela conseguiu a paz social e a estabilidade política com igualdade e justiça, “bases fundamentais para a conquista do futuro no ano de 2018”.
Maduro lembrou que durante o ano de 2017 o governo decretou seis aumentos salariais. O país, porém, enfrenta uma inflação muito elevada. O oposicionista Henrique Capriles, ex-governador de Miranda, disse no Twitter que o aumento era “uma enganação” para os venezuelanos, já que apenas no mês de dezembro a inflação teria sido de 80% no país. Capriles cobrou ações do governo para controlar a alta nos preços e pediu a saída do presidente, qualificado por ele como “condutor do desastre”. (Equipe AE)