Tribuna Ribeirão
Economia

Aneel anuncia bandeira verde

A Agência Nacional de Ener­gia Elétrica (Aneel) informou que as contas de luz terão ban­deira verde no mês de janeiro. Com isso, os consumidores não terão que pagar taxa adicional no próximo mês. Em dezembro, vigorou a bandeira vermelha em seu primeiro patamar, cuja taxa é de R$ 3 a cada 100 quilowatts­-hora (kWh) consumidos. Em novembro foi ainda pior: pre­valeceu o segundo patamar da bandeira vermelha, com co­brança extra de R$ 5 a cada 100 kWh consumidos. Até outubro, esse patamar adicionava R$ 3,50 a cada 100 kWh.

No novo sistema, a bandeira verde continua da forma como está, sem taxa extra. Na bandei­ra amarela, a taxa extra é de R$ 1 a cada 100 kWh consumidos. No primeiro patamar da ban­deira vermelha, o adicional é de R$ 3 a cada 100 kWh. E no segundo, a cobrança é de R$ 5 a cada 100 kWh.

A mudança da bandeira foi possível em razão do aumento das chuvas nas últimas semanas, que ajudaram a recuperar o ní­vel dos reservatórios das hidre­létricas. “O acionamento dessa cor indica condições favoráveis de geração hidrelétrica no Siste­ma Interligado Nacional (SIN). Mesmo com a bandeira verde é importante manter as ações re­lacionadas ao uso consciente e combate ao desperdício de ener­gia elétrica”, informa a Aneel.

O sistema de bandeiras tarifá­rias leva em consideração o nível dos reservatórios das hidrelétricas e o preço da energia no mercado à vista (PLD). Essa metodologia está em audiência pública e pode ser alterada no início de 2018. O sistema é uma forma diferente de cobrança na conta de luz. O mo­delo reflete os custos variáveis da geração de energia.

Antes, esse custo era re­passado às tarifas uma vez por ano, no reajuste anual de cada empresa, e tinha a incidência da taxa básica de juros, a Selic. Agora, esse custo é cobrado mensalmente e permite ao con­sumidor adaptar seu consumo e evitar sustos na conta de luz.

Os consumidores de ener­gia terão que pagar R$ 16,019 bilhões para custear gastos com subsídios e programas sociais do governo embutidos na conta de luz no ano que vem. O valor re­presenta um aumento de 22,88% em relação às despesas deste ano, de R$ 13,038 bilhões.
Esse aumento deve ter um impacto médio de 2,14% nas tarifas em 2018. Os números constam do orçamento aprovado pela Ane­el para a Conta de Desenvolvi­mento Energético (CDE), fundo setorial que é bancado por um encargo que onera as tarifas.

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