Natal é a melhor sugestão de silêncio.
Natal é o momento do encontro da pessoa consigo mesma, sob o fluxo de um fato histórico que mobiliza milhões de pessoas em todo o mundo há mais de dois mil anos.
Natal revela a simplicidade do nascimento sem pompa daquele que dividiu o que era de Deus e o que era de César, gerando perplexidade, pois se entendeu claramente que César não era Deus.
Natal lembra os simples de consciência e alma, independentemente da riqueza exterior; e para os ricos de todos os naipes fala da igualdade essencial da pessoa humana.
Natal gera o silêncio, que gera a reflexão, que inflete o olhar para o mundo.
César continua acordado no tempo, dirigindo o terrorismo dos Estados.
César continua acordado , fingindo governar com justiça.
César continua acordado no tempo patrocinando as desigualdades e as guerras entre as pessoas, entre as nações.
César continua perseguidor dos sonhadores.
César continua através de seus sequazes, bombardeando homens, mulheres e crianças, pelo mundo afora.
O Natal na celebração teimosa de cada ano é um dedo em riste ao César de todos os tempos e de todos os lugares, como que o prevenindo, avisando que a Esperança seguramente o vencerá.