Tribuna Ribeirão
DestaquePolítica

OPERAÇÃO SEVANDIJA – Veículos vão para a capital

Na tarde desta terça-feira, 19 de dezembro, a empresa res­ponsável pelo leilão judicial de 15 veículos apreendidos de pes­soas investigadas na Operação Sevandija foram retirados do pátio da Polícia Federal (PF), na avenida Maurílio Biagi, no bair­ro City Ribeirão, na Zona Sul, e levados para a capital paulista. A transferência atrasou por causa da chuva e porque as baterias dos 14 carros “arriaram” – estão no local há mais de um ano.

Caminhões “cegonha” efetu­aram o transporte dos 14 carros e da motocicleta apreendidos. A transferência começou por volta das 17 horas, com escolta de agen­tes da PF. O leilão foi autorizado pelo juiz Lúcio Alberto Enéas da Silva Ferreira, da 4ª Vara Crimi­nal de Ribeirão Preto, na semana passada. A Operação Sevandija foi deflagrada em setembro do ano passado pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e pela PF.

O magistrado definiu que na primeira sessão a venda seja feita pelo valor da avaliação ou acima e que, na segunda, por quantias não inferiores a 80% da avaliação. Apesar de a empresa responsável pelo leilão, que será via internet, já estar definida, as datas para os lances ainda não foram marcadas. A moto e os 14 automóveis que se­rão alienados têm fabricação que variam de 2012 a 2017 e, soma­dos, representam um total de R$ 2 milhões, se levadas as cotações da tabela da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

A decisão foi tomada com base em um pedido do Ministério Pú­blico Estadual (MPE), que atuou, com a PF, nas investigações sobre as supostas fraudes na prefeitura de Ribeirão Preto que podem ter desviado R$ 230 milhões dos co­fres públicos. A alienação ficou mais urgente para as autoridades depois que uma árvore caiu so­bre um dos veículos apreendidos, no pátio da PF.

Entre os bens que vão a leilão estão três automóveis do ex-presi­dente da Câmara, Walter Gomes (PTB), e dois do ex-superinten­dente da Companhia de Desen­volvimento Econômico (Coderp) e do Departamento de Água e Es­gotos (Daerp) e ex-secretário mu­nicipal da Administração, Marco Antônio dos Santos.

Também há três veículos do empresário Marcelo Plastino, só­cio da Atmosphera Construções e Empreendimentos que come­teu suicídio em novembro do ano passado, além de um do ex-secre­tário de Educação, Ângelo Inver­nizzi Lopes. Da lista de 16 bens que seriam colocados à venda, a Justiça excluiu em um primeiro momento uma BMW pertencen­te ao ex-diretor técnico do Daerp, Luiz Alberto Mantilla, “até conso­lidação da colaboração premiada” firmada com a Justiça.

Todos os investigados negam a prática dos crimes de associação criminosa, fraude em licitações e corrupção ativa e passiva e dizem que vão provar inocência. Se os ve­ículos forem vendidos, o dinheiro ficará em uma conta judicial. Em caso de condenação dos proprie­tários, o valor arrecadado será devolvido ao governo municipal. Ou então voltará para os suspeitos, em caso de absolvição. O Palácio Rio Branco entrou com ações na Justiça e cobra o ressarcimento de R$ 220 milhões e o bloqueio de bens de 26 dos 34 indiciados na Sevandija. Já foram bloqueados R$ 33 milhões de contas correntes dos acusados, 68 imóveis e 66 veículos.

Postagens relacionadas

Botafogo estreia hoje na Série B

Redação 2

TIRO PELA CULATRA COMUNICADO – Correntistas podem receber cobranças de contas inativas

William Teodoro

Cármen entrega a Jungmann banco de dados sobre prisões

Redação 1

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com