Tribuna Ribeirão
Economia

PIB de Ribeirão Preto é o 24º do Brasil

A pesquisa “Produto Inter­no Bruto – PIB dos Municípios 2010-2015”, divulgada pelo Ins­tituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta­-feira, 14 de dezembro, mostra que Ribeirão Preto é desigual quando o assunto é distribuição de renda. Apesar de ser a 24ª cidade que mais produz rique­zas no País, é apenas a 403ª no ranking do PIB per capita.

Segundo o estudo, com dados de 2015, quando Ribeirão Preto tinha 666.323 habitantes, de acor­do com o próprio IBGE, o PIB da cidade era de R$ 27,8 bilhões, o 24º do Brasil, apesar de ser qua­se 1% inferior ao de 2014, de R$ 28,08 bilhões, queda de R$ 280 milhões. A participação na pro­dução das riquezas nacionais é de 0,46% – era de 0,49% no período anterior. Em 2013, o município estava na 27ª posição do ranking, com valor de R$ 23,5 bilhões.

No ranking estadual, Ribei­rão Preto também galgou uma posição entre 2014 e 2015, subin­do do 11º para o 10º lugar – era o 12ª em 2013. Está atrás da capital São Paulo (primeira do ranking nacional), Osasco (oitava), Cam­pinas (11ª), Guarulhos (12ª), Barueri (14ª), São Bernardo do Campo (16ª), Jundiaí (17ª), São José dos Campos (18ª) e Soroca­ba (21ª) – passou Santo André. A participação do PIB ribeirão-pre­tano na produção de riquezas no Estado é de 1,43%, contra 1,44% do estudo anterior.

O Produto Interno Bruto ri­beirão-pretano é superior ao de 15 capitais de Estado. Mas o que mais preocupa é o PIB per capita – divisão da produção local pelo número de habitantes. O valor que cada trabalhador da cidade recebe por ano caiu 2,21%, de R$ 42.682,19 para R$ 41.736,07, corte de R$ 946,12, acima de um salário mínimo (R$ 937) – o vencimento médio no mu­nicípio em 2015 era de três mí­nimos, cerca de R$ 2.811,00 no valor atual. Ribeirão Preto ocu­pa a 403ª colocação no ranking nacional da distribuição de ren­da e o 88º lugar no estadual.

Os dados por segmentos mostram que Ribeirão Preto pode ter encontrado sua “voca­ção industrial”. A indústria local contribuiu com R$ 3,4 bilhões para o PIB municipal de 2015, com participação de 0,29% na produção nacional. Galgou 19 posições, saltando da 86ª para a 67ª. O valor também aumentou 23,6% – era de R$ 2,75 bilhões, com aporte de R$ 650 milhões. O impacto na economia brasileira em 2014 era de 0,23%.

Já o setor de serviços segue sendo o mais forte de Ribeirão Preto, com valor estimado em R$ 18,81 bilhões em 2015, o 18º do País – era o 17º em 2014, com R$ 19,57 milhões: a queda foi de 3,88% ou R$ 760 milhões. A par­ticipação do setor na riqueza na­cional estava em 0,66% em 2015. Apesar do título de “Capital do Agronegócio” e a realização anual da Agrishow, a produção agrícola no município é pífia.

O PIB da agropecuária gerou apenas R$ 78,5 milhões (não apa­rece na lista dos 100 maiores do setor). No setor de administração, defesa, educação, a saúde pública e seguridade social Ribeirão Preto tem o 33º maior PIB do País, de R$ 2,61 bilhões, com participação de 0,3% no nacional. De 2013 para 2014 o valor das riquezas produzidas na cidade saltou de R$ 23,51 bilhões para R$ 28,08 bilhões, alta de 19,4% e acréscimo de R$ 4,57 bilhões.

Nacional – Em 2015, apenas sete dos 5.570 municípios do país respondiam por aproximada­mente 25% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todas as riquezas produzidas no país): São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Manaus. Palmas foi a ca­pital com o menor PIB.

Em 2015, esses sete muni­cípios concentravam cerca de 14,3% da população brasileira, es­timada na época em pouco mais de 204 milhões de pessoas.

A pesquisa do IBGE mostra desigualdades regionais, tanto do ponto de vista da concentração das riquezas quanto da distribui­ção entre a população. Indica, por exemplo, que em 2015, os dez municípios com os maiores PIB per capita somaram 1,3% de todo o produto brasileiro e apenas 0,1% da população do país.

O maior PIB per capita de 2015, que na média do país che­gou a R$ 29,323 mil, foi o do mu­nicípio Presidente Kennedy, no Espírito Santo, com R$ 513,134 mil. Em seguida, pela ordem vêm os municípios de Paulínia e Lou­veira (ambos em São Paulo, com respectivamente, R$ 276,972 mil e R$ 271, 206 ); Triunfo (RS); Sel­víria (MS); Gavião Peixoto e Ilha Bela (ambos também em São Paulo); São Francisco do Conde (BA); São João da Barra (RJ); e Araporã (MG). Na outra ponta, Novo Triunfo, na Bahia apare­ce como o município de menor renda per capita entre todos os 5.570 municípios da Federação: R$ 3 369,79.

Segundo o levantamento do IBGE, quando agregados, os 64 municípios de maior PIB concen­tram aproximadamente a metade do PIB nacional e 33,3% da popu­lação. Em contrapartida, os 1.353 municípios que em 2015 perten­ciam à última faixa de influência sobre as riquezas do país, respon­deram por aproximadamente 1% do PIB e concentraram apenas 3,2% da população.

 

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