Após 20 minutos de reunião com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, admitiu nesta quinta-feira, 14, que existe um custo de adiamento da votação da reforma da Previdência, mas que ainda há expectativa de aprovação no próximo ano. “A mensagem extremamente negativa seria a não aprovação da reforma. A não votação, de fato, positiva não é, como já temos dito há meses. Não é novidade”, declarou.
Mais cedo, Maia anunciou que o tema ficará para o início de 2018 “O custo do adiamento existe, gera uma certa insegurança, mas existe ainda uma expectativa de aprovação. Portanto é uma mensuração um pouco mais difícil, mas nossa expectativa continua positiva de aprovação”, emendou.
Para o ministro, deixar o tema para o início de 2018 dá mais tempo ao governo para esclarecer a sociedade. Ele destacou que esse tempo será importante para esclarecer alguns pontos fundamentais que estão sendo mal entendidos.
Na avaliação de Meirelles, se tivesse votado a reforma com derrota, haveria crescimento menor da economia. “Certamente haveria uma taxa de crescimento menor no ano que vem, não há dúvidas”, concordou. O ministro enfatizou que o importante é votar e aprovar a PEC para consolidar o crescimento e a geração de emprego.
Ainda sobre mudanças no texto da reforma, Meirelles disse que não há nenhuma decisão e que o governo ainda está fazendo contas. “Nossa ideia é de fato não reabrir negociações para reforma da Previdência. Esse é o acordo geral. Mas de novo: temos de respeitar a soberania do Congresso Nacional”, avisou. O ministro da Fazenda disse que a economia com a reforma é de R$ 600 bilhões e a ideia é não ficar longe desse número.