O presidente Michel Temer aproveitou sua participação em um evento da indústria química na manhã desta sexta-feira, 8, para relatar os feitos de seu governo. O peemedebista afirmou que usou a sua impopularidade para realizar as mudanças que nenhum outro governo ousou fazer.
“Usei a minha impopularidade para fazer as reformas necessárias”, afirmou o presidente durante palestra na abertura 22º Encontro Anual da Indústria Química na capital paulista. “Eu me lembro que, no Conselhão, o Nizan Guanaes publicitário se levantou e me disse para usar a minha impopularidade e fazer tudo o que eu precisava. Foi o que eu fiz”, reforçou. “A economia não reage por simpatia ao governo, mas com dados concretos”, disse.
Na retrospectiva, Temer salientou que sua administração tocou projetos que “ninguém tinha coragem de fazer”. O peemedebista destacou que três são as palavras-chave em sua gestão: diálogo, responsabilidade fiscal e responsabilidade social. “Ancorados nessas três palavras, fomos combatendo a recessão e hoje já temos resultados positivos na economia. Todos sabem que enfrentamos uma das maiores recessões da história do nosso País”, disse Temer.
Entre as realizações de seu governo, Temer citou a aprovação do teto de gastos públicos. “Apesar de parecer uma coisa singela, o limite constitucional é uma coisa muito complicada”, porque “governantes querem gastar, querem recursos para seus Estados e municípios”. “Foi uma medida muito bem aceita pelo Congresso. O diálogo com os parlamentares deu muito certo e aprovamos o teto”, afirmou.
Temer afirmou que nenhuma das medidas adotadas em seu governo foi populista e, sim, responsável e popular. “Fizemos a reforma trabalhista, uma das medidas que não tiveram coragem em governos passados”, afirmou Temer, que está no Executivo federal desde 2011.
Temer lembrou também que realizou a reforma do Ensino Médio. Ele observou que, no início, as mudanças educacionais sofreram resistência dos profissionais da Educação e hoje é aplaudida por 90% deles. “Estamos tentando colocar o Brasil nos trilhos e isso não para.”