A Câmara de Ribeirão Preto realiza na próxima terça-feira, 12 de dezembro, sessão extraordinária para ouvir a coordenadora de Bem-Estar Animal, Carol Vilela, convocada a pedido de Marcos Papa (Rede Sustentabilidade) depois de denúncias sobre suposta negligência da prefeitura em relação aos chamados “animais errantes” – cães e gatos que perambulam pelas ruas da cidade.
Carol Vilela assumiu a Coordenadoria de Bem-Estar Animal (Cbea) em março e encontrou a coordenadoria em situação crítica, após anos de descaso por parte da administração Dárcy Vera. Passados oito meses, ela ainda enfrenta sérias dificuldades – tem apenas um veículo que serve tanto como Castra-Móvel, quanto para resgate de cães e gatos.
No mês passado, organizações não-governamentais (ONGs) de proteção aos animais disseram que Cbea demorou para atender ao pedido de resgate do cão Jonm, que havia sido atropelado no Quintino Facci II, na Zona Norte. O vira-lata de médio porte e cor marrom foi resgatado, depois retirado por uma protetora e levado a uma clínica particular, onde não resistiu e morreu.
Os protetores acusaram a Cbea de negligência, dizendo que a coordenadoria levou “duas semanas” ou “dois dias” (depende da versão) para resgatar o animal. Dois veterinários defenderam Carol Vilela e disseram que a história é diferente e que os protetores falharam. Também garantem que o cachorro foi medicado contra a dor. Desde este episódio, ONGs que atuam na área passaram a pedir a saída da coordenadora. A pedido das entidades, Marcos Papa apresentou requerimento para ouvir Carol Vilela.
A Câmara de Ribeirão Preto aprovou, na sessão de quinta-feira, 7 de dezembro, projeto encaminhado pela prefeitura que transfere a Coordenadoria de Bem-Estar Animal (Cbea) para a Secretaria Municipal do Meio Ambiente – desde a sua criação, em 2015, estava vinculada à Secretaria Municipal da Casa Civil.