A primeira edição do Festival Ribeirão Estado da Dança (Fred) estreia nesta sexta-feira, 8 de dezembro, e vai até domingo em vários espaços da região central da cidade. O evento tem como principal objetivo revelar a importância da dança, contemplando tanto modalidades clássicas como as novidades contemporâneas. A programação é gratuita e uma das atrações é o espetáculo “Kuarup”, com o Ballet Stagium, coreografia lançada há 40 anos, em 1977.
A apresentação da renomada companhia será às 17 horas de sábado, dia 9, na praça XV de Novembro, no coração de Ribeirão Preto. Com curadoria de Cássia Navas, o Fred conta com apresentações, workshops e mesa redonda, tendo sempre a dança e os rumos do segmento como foco central. Além do Ballet Stagium, a programação terá Zum.boys, Cia. Corpocena, Cia. de Dança Alexandre Snoop e Ginga Cia. de Dança.
O festival terá apresentações na Biblioteca Padre Euclides (rua Visconde de Inhaúma nº 490, Centro), na Agência de Correios Central (rua Álvares Cabral nº 312, Centro), no Centro Cultural Palace (rua Duque de Caxias nº 322, Centro), na praça XV de Novembro (Centro) e no Armazém Baixada (rua Duque de Caxias nº 141, Centro). O evento é uma realização do governo do Estado de São Paulo em parceria com a prefeitura de Ribeirão Preto.
“Kuarup” – Há 40 anos, estreava no Theatro Municipal de São Paulo o espetáculo de dança “Kuarup ou A Questão do Índio”. Com coreografia de Décio Otero e direção teatral de Marika Gidali, neste espetáculo, o Ballet Stagium, com sua linguagem inovadora e sua responsabilidade social, lançava luz sobre a eminente extinção da rica cultura indígena, ao mesmo tempo encantando com a proposta estética surpreendente que trazia ao palco. Dezesseis bailarinos participaram da estreia.
“Dança por Correio” – A dança de rua também vai marcar presença no Fred com a intervenção “Dança por Correio” do Zum.boys, de 2014, com direção de Márcio Greyk. Tem o desejo de comunicar-se com os transeuntes, viajantes de sua própria cidade e turistas de uma vida dedicada ao infinito trabalho e busca pelo conforto, utilizando seus corpos para traduzir as sensações de um “ser urbano”. A intenção é interferir nos fluxos cotidianos, na paisagem urbana, fazendo com que as pessoas escolham uma carta, e a partir dessa escolha seja determinado o que será dançado, onde o interprete-criador traduzirá os sentimentos e sensações que a carta expressou, com o intuito de transformar e interferir no trajeto das pessoas que por ali passam, diluindo a arte no cotidiano.