O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou ontem a transferência imediata da embaixada do país em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém. A mudança implica no reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, o que é rejeitado pelo mundo islâmico, que tem na cidade diversos locais sagrados.
No discurso, Trump reforçou que o posicionamento não significa que ele esteja tomando partido de algum dos lados do conflito Israel-Palestina. “Vou fazer tudo o que estiver em meu poder para ajudar em um acordo em Israel. Nos mantemos profundamente comprometidos em conseguir a paz entre os dois lados”, disse o presidente.
A construção da nova embaixada começará o quanto antes, segundo Trump, e contará com “o trabalho de arquitetos e engenheiros para tornar o prédio um monumento pela paz”.
O reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel havia sido aprovado pelo Congresso americano em 1995, mas nunca chegou a ser colocado em prática. O texto dá ao presidente americano o poder de adiar a decisão a cada seis meses, sob o argumento de que ela representa uma ameaça à segurança dos EUA.
França – O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou via Twitter que “não está de acordo” com a decisão do homólogo dos EUA, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.
“A França apoia a solução de dois Estados, Israel e Palestina, vivendo em paz e segurança, com Jerusalém como a capital de ambos. Focamos no apaziguamento e diálogo”, afirmou.