Tribuna Ribeirão
Política

Teste identifica falhas em três pontos da urna eletrônica

No relatório do Teste Públi­co de Segurança 2017 do siste­ma eletrônico de votação, o Tri­bunal Superior Eleitoral (TSE) informou nesta sexta-feira, 1, ter identificado falhas que per­mitiram o acesso, por parte dos investigadores que fizeram o tes­te, a três pontos importantes da urna eletrônica que será usada nas eleições de 2018.

Segundo o tribunal, as falhas estão sendo corrigidas e não há riscos quanto à votação de 2018, e o problema não ocorreu na elei­ção passada porque foi identifica­do em uma atualização de siste­ma. Os investigadores chamados pelo TSE para testarem a urna descobriram a chave de acesso ao sistema de arquivo da urna, o que permitiu ter acesso ao log (espé­cie de caixa preta), e ao registro digital de votação.

Apesar de o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, ter utilizado a palavra vulnera­bilidade, o coordenador de sis­temas eleitorais do TSE, José de Melo Cruz, preferiu chamar de outra forma: “Foram três acha­dos, mas não vulnerabilidades”. Melo Cruz disse que os “acha­dos” vão ser rapidamente corri­gidos e explicou que ainda não é possível dar o detalhamento completo do teste porque a aná­lise ainda não concluiu.

Ele garantiu que não há chan­ce de a falha ter acontecido em eleições anteriores, porque ela tem relação com uma nova atua­lização na urna que houve já com vistas a 2018. “A falha específica encontrada foi colocada no nosso processo de atualização do siste­ma. Essa atualização é necessária de ser feita, é difícil de ser feita, para que o software esteja acom­panhando as mais novas formas de sistema operacional. Esse tra­balho é árduo e está em anda­mento mas não é nada impossível de ser conseguido”, disse.

A falha – Dos 14 pontos testados, houve falhas em três. Segundo o coordenador José de Melo Cruz, “o grupo de investiga­dores conseguiu invadir o sistema e ter acesso ao ‘log’ e conseguiram acesso a aquele sistema que vai monitorando a urna e descreven­do tudo que acontece”.

“Eles conseguiram também acesso ao RDV, que é o registro digital do voto, mas não con­seguiram acesso a modificar o RDV, mas apenas a observar”, disse, afirmando que o acesso ao RDV não permitia identificar o eleitor nem saber em quem ele voltou. “Eles tiveram acesso, mas não à ordem de votação e aos vo­tos que foram dados pela urna. Não conseguiram identificar o voto dos presentes”, disse.

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