O governo Duarte Nogueira Júnior (PSDB) sofreu nesta quarta-feira, 29 de novembro, a terceira baixa no primeiro escalão em menos de um ano de administração tucana. A secretária municipal da Educação, Suely Vilela, pediu demissão, mas vai permanecer no cargo até a nomeação de seu substituto, o que deve ocorrer nos próximos dias. O prefeito aceitou a exoneração.
No final de junho, José Carlos Ferreira de Oliveira Filho deixou o cargo de secretário municipal da Cultura e foi substituído pela bailarina Isabella Pessotti. Em agosto, foi a vez de Ruy Salgado Ribeiro deixar Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão Pública. Foi substituído por Edsom Ortega Marques, que estava na presidência da Companhia Habitacional Regional (Cohab-RP) e passou o cargo para Nilson Rogério Baroni.
“A administração municipal informa que a secretária da Educação, professora Suely Vilela, pediu, na tarde desta quarta-feira, dia 29 de novembro, exoneração do cargo ao prefeito Duarte Nogueira, que aceitou o pedido. Ela permanece à frente da secretaria até a nomeação do novo ocupante da pasta, o que deve ocorrer nos próximos dias”, diz comunicado oficial da prefeitura.
A informação nos bastidores é que a ex-reitora da Universidade de São Paulo (USP, 2006-2009) estaria descontente com o governo, além de ter interesse em disputar a eleição de 2018 como candidata a deputada estadual pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), legenda que comanda desde a eleição de 2016, quando substituiu João Gandini, candidato derrotado a prefeito. Foi veiculada a possibilidade de uma dobradinha com a vereadora Gláucia Berenice (SPDB), que pode concorrer a uma vaga na Câmara Federal, mas que não definiu nem a candidatura, nem com quem vai fechar parceria.
Nos bastidores, o motivo de uma possível saída da secretária seria a dificuldade que enfrentou ao longo de 2017. Os alunos da rede não tiveram acesso aos uniformes na data correta, houve problema de falta de materiais escolares e a situação crônica de falta de vagas em creches, herdada do governo anterior, também não foi solucionada até hoje. Antes de anunciar sua saída, Suely Vilela apresentou à Câmara um projeto de lei que acaba com as indicações de diretores nas escolas municipais.