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PRÊMIO-INCENTIVO – Governo veta novo projeto

A prefeitura de Ribeirão Pre­to anunciou nesta quarta-feira, 29 de novembro, o veto total ao projeto que faz alterações no Plano de Cargos, Carreiras e Sa­lários (PCCS), com o objetivo de repor o valor do prêmio-in­centivo aos servidores, extinto pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP) com base em ação direta de inconstituciona­lidade (Adin) impetrada pela Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ). Com a decisão, os cerca de nove mil funcionários da ati­va e os quatro mil aposentados e pensionistas terão o salário deste mês reduzido.

Na próxima quarta-feira, 6 de dezembro, a folha de paga­mento de novembro será depo­sitada sem o valor referente ao prêmio-incentivo. No entanto, a expectativa é que a gestão Duar­te Nogueira Júnior (PSDB) envie outro projeto à Câmara imedia­tamente após o veto. Se for apro­vado, a prefeitura pode rodar uma folha suplementar.

O Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto (SSM/RP) promete lotar o plená­rio da Câmara nesta quinta-feira (30). Se o impasse prosseguir, vai convocar assembleia para de­flagrar greve geral e por tempo indeterminado. A entidade in­forma que o movimento pare­dista tem por base o princípio da irredutibilidade do salário, e não o fim da gratificação. “O prêmio foi extinto pelo TJ/SP, não tem volta. Mas o Executivo tem que criar uma lei para ga­rantir o salário integral, ou en­tão estará infringindo a Consti­tuição”, diz uma fonte.

Em comunicado publica­do na edição do Tribuna desta quinta-feira (30), a adminis­tração municipal informa que “lançou mão de todos os recur­sos administrativos e jurídicos possíveis – recorrendo até a última instância – para rever­ter a decisão judicial, porém sem sucesso”. Segundo uma fonte do Palácio Rio Branco, as emendas supressivas incluídas e aprovadas pelos vereadores na sessão de terça-feira (28) desfiguraram completamen­te o projeto, provocando um impacto de milhões de reais a mais nas despesas com pessoal, em desrespeito à Lei de Res­ponsabilidade Fiscal (LRF).

“Sendo assim, a partir des­te mês, o pagamento acontece sem o prêmio-incentivo, já que a administração municipal cor­re o risco legal de ser, inclusive, penalizada com a devolução dos valores considerados extras pelo Poder Judiciário”. A Coordena­doria de Comunicação Social emitiu nota. “A lei receberá veto total da administração munici­pal e o diálogo com o Legislativo e representantes dos servidores resultará em uma nova proposta a ser enviada à Câmara”.

No comunicado, informa que “o Executivo está fazendo todos os esforços para que os funcionários públicos não sejam prejudicados em hipótese alguma, reiterando o comprometimento de comple­mentar os salários, assim que o projeto adequado for aprovado pelo Legislativo”.

Nesta quinta-feira, dia se­guinte à aprovação do projeto, o sindicato argumentou que a re­estruturação das remunerações previstas no PCCS aprovada pela Câmara teriam efeito imediato e valeria para o salário deste mês, caso não fosse vetado. A entida­de sustenta que o projeto original do governo trazia prejuízos con­cretos aos servidores no cálculo dos quinquênios e da sexta-parte e também reduzia o número de fal­tas abonadas. O SSM/RP também alega, ao contrário do que diz a prefeitura, que as emendas su­pressivas aprovadas pelo Legisla­tivo não aumentam despesas.

A gratificação era paga desde 1994. Para a maioria dos fun­cionários públicos, é, em média, de R$ 510 e corresponde a 25% do salário-base (mas dentro dos limites mínimo de R$ 294 e má­ximo de R$ 588), mais 3% de produtividade.

Para os professores, é de 25%, mas a categoria tem dez diferen­tes cargas horárias de trabalho e 27 níveis salariais. No caso dos médicos e dos dentistas, o prêmio-incentivo corresponde a mais da metade do salário. Para os formados em medicina, é e 47% do salário-base, mais 25% e mais 3% de produtividade. Já os profissionais de odontologia recebem 28%, mais 25% e mais 3%. A Câmara provou auxílio­-refeição de R$ 770 para cobrir o desconto.

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