O técnico interino do Santos, Elano, considerou positiva a determinação da diretoria do clube de afastar do elenco o meia Lucas Lima, cujo contrato termina no fim deste ano, nas duas partidas restantes da equipe no Campeonato Brasileiro – contra Flamengo, no Rio, e Avaí, na Vila Belmiro. Para o treinador, a indefinição sobre o futuro do atleta prejudicava o time e o próprio jogador.
“A situação vai ficando grave, principalmente para o atleta. Há dois meses, já poderia ter se tomado uma posição. Vejo com bons olhos, porque é bom para o Lucas, bom para o Santos. Então, acabou. O cara que vai jogar está com cabeça exclusivamente para jogar. O Lucas Lima já sabe que não vai jogar. Se vai renovar ou não, é uma decisão dele”, frisou o interino.
Elano explicou também que, caso tivesse partido dele a ordem de afastamento do meia, tal atitude poderia prejudicar a relação do treinador com o restante do grupo de jogadores santistas e até comprometer o seu início na nova carreira.
“Imagina na minha posição: eu chego e tiro o cara. Como isso iria virar aí fora? Cria um monte de fofoca externamente. É mais fácil eu olhar para ele e falar ‘sai’. Não fiz isso porque não é da minha índole. Respeito muito ele. Nesse momento, precisava ter um pouco de cuidado por causa da minha carreira”, enfatizou.
O treinador interino disse que a situação ainda está indefinida no clube e que é preciso aguardar a eleição presidencial, marcada para o dia 9 de dezembro, para que uma decisão seja tomada. Elano já demonstrou vontade de ser efetivado eventualmente, mas admite voltar para a função de auxiliar em uma nova comissão técnica.
“Sempre me coloquei à disposição para ajudar o clube. Temos que esperar até 10 de dezembro (temos uma eleição). Tenho que completar os cursos da CBF. No ano que vem, sou obrigado a fazer os cursos para que no futuro possa seguir a minha carreira. Sou auxiliar do Santos. Tenho a minha função”, finalizou Elano.