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Submarino Argentino – Explosão pode ser a causa do desaparecimento

Dor, lágrimas e fúria toma­ram o ambiente da base naval da cidade de Mar del Plata, onde há dias os familiares dos 44 tripu­lantes do submarino argentino desaparecido esperam notícias e acabaram recebendo nesta quin­ta-feira a pior de todas.

“Fiquei viúva com um bebê de 11 meses”, disse a jornalistas, com a voz embargada Jessica Go­par, esposa de Fernando Santilli, um dos tripulantes a bordo do ARA San Juan, que desapareceu na semana passada no Atlântico Sul após relatar falhas elétricas.

Dois relatos indicam que houve uma explosão no mes­mo dia em que desapareceu o submarino militar e em um lugar próximo à última posição que o submarino ha­via relatado, anunciou nesta quinta-feira um porta-voz da Marinha da Argentina.

“Não voltaram e não vão voltar nunca mais. E não sei se seus corpos vão voltar, isto é o que mais me machuca, porque não sei se poderei levar uma flor”, lamentou Gopar.

Familiares se abraçavam em um parque da base de Mar del Plata, uma cidade costeira a 400 quilômetros de Buenos Aires e para onde se dirigia o submari­no militar antes de desaparecer.
Depois de receber a notícia sobre explosão, uma jovem caiu de joelhos no estacionamento do prédio e imediatamente foi abraçada por um jovem que buscou consolá-la.

“Estão todos mortos”, disse entre soluços Luis Tagliapietra, pai de um tripulante, à rádio La Red , e acrescentou que uma au­toridade da base lhe confirmou as mortes por uma explosão em profundidade de 200 metros a 1.000 metros. “Não há ser huma­no que sobreviva a isto”.

Muitos acreditam que o caso pode ter sido uma consequência dos escassos recursos e da falta de capacitação das Forças Arma­das da Argentina, desde o fim de uma ditadura militar no início da década de 1980.

“Mataram meu irmão, fi­lhos da p…!”, gritou um ho­mem de dentro de um carro ao sair da base.
Entre os tripulantes do ARA San Juan estava Eliana María Kra­wczyk, primeira mulher a alcan­çar a patente de oficial de subma­rinos em um país sul-americano.

A Marinha disponibilizou há dias um grupo de psicólogos e um psiquiatra para auxiliar os mais de 100 familiares que pas­saram os últimos dias e noites em um edifício da base naval à espera de novidades sobre seus entes queridos.

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