Tribuna Ribeirão
Política

Projeto do governo não vai para votação

Sem parecer da Comissão de Justiça e Redação – a popu­lar Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) – da Câmara, o projeto da prefeitura que propõe mudanças no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) não foi votado nesta quinta-feira, 23 de novembro. Esta foi a alterna­tiva encontrada pelo governo Duarte Nogueira Júnior (PSDB) para repor aos salários dos servi­dores o valor do prêmio-incenti­vo extinto pelo Tribunal de Justi­ça de São npaulo (TJ/SP).

Ainda nesta quinta-feira venceu a data-limite estabelecida pela prefeitura para que houves­se tempo de incluir na folha de pagamento de novembro, a ser paga em 6 de dezembro, os novos valores dos salários. O presidente do Sindicato dos Servidores Mu­nicipais de Ribeirão Preto (SSM/RP), Laerte Carlos Augusto, diz que a administração tem vários mecanismos para repor o valor da gratificação, como a chamada “parcela destacada emergencial”, prevista em lei municipal.

Nesta sexta-feira (24) haverá uma reunião na Câmara, a partir das 14 horas, com representantes da prefeitura, do Legislativo e da entidade sindical, na tentativa de chegar a uma solução para o impasse. Anteriormente, o Sindicato dos Servidores Mu­nicipais já havia anunciado que se o próximo salário vier sem o valor do extinto prêmio­-incentivo, irá convocar a cate­goria para uma greve geral por tempo indeterminado.

Os servidores tiveram seus salários reduzidos com a extin­ção do prêmio-incentivo que era pago desde 1994. Para a maioria dos funcionários públicos, a gra­tificação é, em média, de R$ 510 e corresponde a 25% do salário­-base (mas dentro dos limites mí­nimo de R$ 294 e máximo de R$ 588), mais 3% de produtividade.

Para os professores, é de 25%, mas a categoria tem dez diferentes cargas horárias de tra­balho e 27 níveis salariais. No caso dos médicos e dos dentistas, o prêmio-incentivo corresponde a mais da metade do salário. Para os formados em medicina, é e 47% do salário-base, mais 25% e mais 3% de produtividade. Já os pro­fissionais de odontologia rece­bem 28%, mais 25% e mais 3%.

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