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CADE OS DEFENSORES DO MEIO AMBIENTE
Há anos, quando se resolveu ‘plantar um espigão’ na avenida Portu­gal, em terreno da Cúria, centenas de defensores do meio ambiente deram um abraço a uma velha mangueira que elegeram como símbo­lo da luta de Ribeirão Preto contra a destruição de florestas para abrir espaço para o progresso. A luta sensibilizou a todos que ouviam as palavras candentes na Câmara Municipal. Por fim, a mangueira caiu e prédios foram erguidos como os investidores o desejavam.

AGORA NO ATACADO E NO VAREJO
Há alguns anos passados os que se investiam dos cargos de de­fensores do meio ambiente haviam falado que o Poder Público havia errado ao permitir que plantassem árvores altas por sob as linhas e postes da CPFL. Começaram a trocar algumas plantas por mudas originarias do Horto Municipal para que fossem mais ade­quadas etc. Daquela época em diante a Força e Luz se encarrega­va da poda das árvores quando as pontas atingiam aos fios. Logo depois o comando da CPFL passou para a empresa Votorantin e depois para a Camargo Corrêa. Agora, o comando acionário estaria sob a responsabilidade de empresa chinesa.

O ÕNUS
O ônus da poda ficou com a empresa de fornecimento de ener­gia elétrica e, segundo se afirma, na administração anterior de­ram autorização para o corte de todo o tipo de árvore com ou sem frutos, dentro ou não da ótica de defesa do meio ambiente. Arrasam as plantas no talo. Passam como se fossem furacões, idêntico aquele que tanto prejuízo nos causou em março de 1994. No Castelo Branco deixaram uma área cuidada sob os linhões a zero. Terra arrasada. Na av. Maria de Jesus Condeixa, no último final de semana mataram inúmeras mangueiras plenas de frutos para revolta dos moradores do Castelo Branco.

NINGUÉM PROTESTOU
Afora uns ou outros defensores do verde, do meio ambiente, pou­cos protestaram. Não se ouviu a Secretaria Municipal do Meio Am­biente de onde surgiram notas segundo as quais havia sido culpa da autorização dada pela administração anterior. As entidades que abraçaram a mangueira da Portugal e com outras tantas manifes­tações meritórias também não tiveram voz para protestar. Uma ou outra empresa de comunicação emprestou o seu contexto de co­municação para o protesto da população. Acorda Ribeirão.

POUCO VERDE PARA MUITA POPULAÇÃO
Segundo a Organização Mundial de Saúde, ligada a ONU, uma cidade quente como a nossa precisa de mais de quinze metros quadrados de área verde por habitante. Com muito boa vontade temos três metros. O futuro irá nos cobrar.

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