Aos 32 anos, piloto soma 62 vitórias e 72 poles
O britânico Lewis Carl Davidson Hamilton, ou simplesmente Lewis Hamilton, poderá se sagrar, neste domingo (29) tetracampeão mundial de Fórmula 1 por antecipação, a três provas do encerramento da temporada de 2017. Para que isso aconteça, o piloto da Mercedes tem a tranquilidade de poder chegar até em quinto lugar, independente da posição de seu arquirrival no pódio, o alemão Sebastian Vettel, ele um tetra (2010, 2011, 2012, 2013), que defende as cores da Ferrari. Aos 32 anos de idade, Hamilton, declaradamente um fã incondicional de Ayrton Senna, conquistou os seus três campeonatos em 2008 (McLaren) e duas vezes, 2014 e 2015 (Mercedes).
Três anos antes de ganhar seu primeiro título de campeão do mundo, o piloto que foi contratado pela McLaren, ainda menino, quando corria de kart, foi campeão da Formula 3 Euro Series, tendo como companheiro de equipe o piloto brasileiro Átila Abreu. No ano seguinte competiu na GP2 no lugar do campeão Nico Rosberg, consagrando-se campeão da categoria no mesmo ano.
Amigo quase inseparável do craque Neymar – e dono de um temperamento semelhante ao do atacante do PSG – praticamente determina o que quer, como quer e onde quer, dentro da equipe. Foi contrariado, no entanto, em 2016, pelo alemão Nico Rosberg – que a exemplo do pai, Keke -, arrebatou um único título na categoria e anunciou sua precoce aposentadoria, para espanto até daqueles que acompanhavam a carreira do agressivo piloto bem de perto. Nico foi um dos grandes algozes de Hamilton, dentro da mesma Mercedes que neste domingo poderá devolver ao primeiro piloto negro e de família humilde, o cetro de campeão da F1.
A chegada à categoria máxima do automobilismo, na mesma à McLaren que o contratou desde o kartismo, ocorreu no final de 2006, porém sua estreia se deu em 2007, como segundo piloto do bicampeão Fernando Alonso (2005 e 2006). Dois anos após ocupar o cockpit da equipe inglesa, Hamilton conquistou seu primeiro título na categoria.
Em seu primeiro GP, o da Austrália, conseguiu um terceiro lugar. A sua primeira vitória foi no Grande Prêmio do Canadá. Nesta temporada, teve problemas com seu companheiro de equipe, o também temperamental espanhol Fernando Alonso, que acusava a equipe de favorecer o piloto britânico. Hamilton estava com o título da temporada 2007 nas mãos, porém, ele cometeu erros nas duas últimas corridas e o campeão foi Kimi Räikkönen. Mesmo com a perda do título por apenas um ponto, graças ao jogo de equipe da Ferrari em Interlagos, sua performance foi considerada acima da média para um estreante da Fórmula 1.
Em janeiro de 2008, a McLaren renovou o contrato de Hamilton, estendendo-o até 2012. Nesse mesmo ano, Lewis Hamilton falou que seu sonho sempre foi pilotar uma McLaren e que pretendia fazer toda sua carreira nesta equipe.
Hamilton consagrou-se campeão Mundial da temporada de 2008 ao ficar em quinto lugar no Grande Prêmio do Brasil de 2008. A disputa só foi decidida na última volta do GP do Brasil, em Interlagos, onde Hamilton, que tinha perdido a posição para Vettel, recuperou a mesma ao ultrapassar Timo Glock. Hamilton entrou para a história como o mais novo campeão de todos os tempos, aos 23 anos, até ser superado por Sebastian Vettel, campeão aos 21 anos na temporada de 2009. Foi a fatídica prova em que Felipe Massa venceu e tornou-se campeão mundial por apenas alguns segundos apenas.
Escolha decisiva
Em 2013, inglês vai
para a alemã Mercedes
Hamilton volta a conquistar títulos e hoje luta por mais um
Competitivo, porém sem conseguir arrebatar um novo campeonato pela McLaren, Lewis Hamilton se transferiu para a Mercedes. Em 2013 fez sua estreia no Grande Prêmio da Austrália, terminando a prova na quinta colocação. Na etapa seguinte, no Grande Prêmio da Malásia, conquistou seu primeiro pódio pela equipe ao chegar em terceiro lugar.
No Grande Prêmio da Hungria, conquistou a primeira vitória pela equipe alemã.
Campeão – Com o Mercedes F1 W05 afirmando-se superior a todos os concorrentes, Lewis e seu companheiro de equipe, Nico Rosberg, foram os postulantes ao título mundial. Iniciou a primeira metade do campeonato em desvantagem em relação a ele, especialmente com o abandono na primeira corrida na Austrália. Entretanto, a partir da prova de Singapura, alcançou a liderança do campeonato, reação em meio a cinco vitórias consecutivas: Itália, a citada Singapura, Japão, Rússia e Estados Unidos.
Na última etapa, com pontuação dobrada em Abu Dhabi, necessitava de apenas um segundo lugar para ser campeão – em caso de vitória de Rosberg, porém venceu e obteve seu segundo título.
Minha casa – Durante o Grande Prêmio de Mônaco a equipe anunciou a extensão de seu contrato até o fim de 2018. O piloto declarou: “Mercedes é minha casa e eu não poderia estar mais feliz por permanecer aqui por mais três anos.” Diferente de 2014 Hamilton liderou o campeonato desde a abertura e tornou-se campeão com antecipação de três corridas ao vencer nos Estados Unidos.
Três anos depois, com 62 vitórias no currículo, o maior número de triunfos já conquistados por um piloto de Fórmula 1 ao longo da história, Lewis Hamilton pode estar, novamente, cara a cara, com o seu quarto título, desta vez, no México. É dele também o maior número de pole positions, num total de 72 largadas em primeiro lugar, quatro a mais do que Michael Schumacher e sete além das conquistadas por Senna.
Só a uma chance de Vettel tornar-se campeão: vencer no México, no Brasil e em Abu Dhabi. Desde que o talento de Hamilton não brilhe em nenhuma dessas provas e que a Mercedes dê um show de incompetência em três corridas consecutivas. Tudo é (quase) possível.
Foto 1
Hamilton está praticamente com a mão no quarto título
Foto 2
O piloto inglês ganha o primeiro campeonato no Brasil, em 2008
