Tribuna Ribeirão
Política

Cármen mantém com Fachin inquérito que investiga Maia

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, decidiu manter com o ministro Edson Fachin um inquérito que investiga o presi­dente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o seu pai, o ex-prefeito do Rio de Janei­ro César Maia.

A investigação, que apura indí­cios de crimes de corrupção passi­va, lavagem de dinheiro e corrup­ção ativa, tem como base os relatos de cinco delatores da Odebrecht sobre supostos repasses da em­preiteira ao deputado. O pedido de redistribuição havia sido encami­nhado à ministra por Fachin.

Em sua decisão, Cármen con­cordou que os fatos narrados no inquérito em questão não estão re­lacionados à Operação Lava Jato, da qual Fachin é relator. A presi­dente do STF, no entanto, ressaltou que a investigação é conexa a ou­tros dois inquéritos que também estão sob a relatoria de Fachin.

Um desses inquéritos co­nexos investiga Maia e apura supostos pagamentos de van­tagens indevidas a políticos pelo Grupo Odebrecht como contraprestação à elaboração de medidas provisórias. Cabe à presidente do STF decidir sobre a redistribuição de processos.

No caso que ficou com Fa­chin, cinco delatores da Ode­brecht disseram à Procurado­ria-Geral da República (PGR) que mantiveram uma longa rotina de repasses de dinheiro da empreiteira a Maia.

Um colaborador, segundo destacou o ministro Edson Fa­chin na decisão em que autorizou meses atrás a abertura de inqué­rito para investigar o parlamentar, contou que em 2008 Maia “solici­tou e recebeu a soma de R$ 350 mil, a pretexto de auxílio à cam­panha eleitoral”.

“Entretanto, naquele ano, nem o parlamentar, tampouco seu pai, César concorreram. Os pagamentos teriam origem em recursos não contabilizados e por intermédio do Setor de Ope­rações Estruturadas do Grupo Odebrecht – conhecido como o ‘Setor de Propinas’ da empreiteira.

“Da mesma forma, no ano de 2010, o parlamentar Rodrigo Maia solicitou novo repasse, dessa feita para campanha de seu geni­tor, César Maia, sendo autorizado o pagamento de R$ 600 000,00 (seiscentos mil reais), dos quais R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais) por via do mesmo depar­tamento do Grupo Odebrecht antes referido, sendo apresenta­do o cronograma constante no sistema “Drousys” e informado o nome de João Marcos Cavalcanti de Albuquerque, assessor do De­putado Federal Rodrigo Maia, como intermediário das opera­ções”, disse Fachin ao autorizar a abertura de inquérito, em abril, fazendo referência à narrativa da PGR sobre o caso.

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