Adauto Marmita (PR) apresentou, na Câmara de Vereadores, projeto de lei que oficializa a realização de nova feira livre em Ribeirão Preto, exclusiva para vendedores ambulantes – ele também preside uma Comissão Especial de Estudos (CEE) que vai avaliar a legislação vigente sobre a atividade.
Batizado de “Feira do Balaio”, o evento já é realizado há alguns meses e vem atraindo dezenas de “feirantes”. Acontece todo domingo, na rua Professor Wladimir Pinto Ferraz, entre a avenida Cásper Líbero e a rua Lúcio de Mendonça, no Parque Ribeirão Preto, Zona Oeste, reduto eleitoral do republicano.
A história da “Feira do Balaio” começou no ano passado. Com o agravamento da crise econômica, mais e mais pessoas passaram a montar barracas na avenida Cásper Líbero para vender verduras, legumes, doces, peças de artesanato, roupas e mais um punhado de produtos. Os “comerciantes” se reuniam em um trecho defronte a um supermercado.
Bastante movimentado, trajeto de várias linhas de ônibus, aquele trecho da avenida oferecia risco aos frequentadores. “Com receio de acontecer algum acidente, decidi procurar um local mais adequado. Achamos o quarteirão da rua Wladimir Pinto Ferraz, defronte ao Ceprosind, uma escola profissionalizante que não funciona aos domingos. Ainda tive o cuidado de levar o coronel Muniz (Antonio Carlos Muniz, diretor da Fiscalização Geral) até o local para indagar se ali era adequado para uma feira livre’, conta Marmita.
Depois de receber o sinal verde da Fiscalização Geral, de que o local era adequado para sediar uma feira livre, Marmita apresentou um projeto de lei na Câmara para oficializar o evento, sempre aos domingos, das 6h30 ao meio-dia, e com uma particularidade – o parágrafo 2 estabelece que “a feira será realizada exclusivamente por comerciantes ambulantes devidamente cadastrados no órgão competente da prefeitura”.
Ou seja, trata-se de uma feira livre exclusiva para vendedores ambulantes cadastrados na Fiscalização Geral. De acordo com Marmita, a “Feira do Balaio” reúne barracas de verduras, legumes, roupas, doces caseiros, artesanato, pastéis etc. “Com a aprovação do projeto de lei, a feira será oficializada, dando segurança aos participantes de que não vão ter suas mercadorias apreendidas.
Sem contar que é uma boa opção de compras para os moradores daquela região. Lá temos o Parque Ribeirão, o Jardim Maria das Graças, o Jardim Progresso, e nenhum desses bairros da periferia conta com uma das tradicionais feiras livres que atendem bairros das regiões mais ricas da cidade”, argumenta o parlamentar.