Tribuna Ribeirão
Política

Câmara pretende ouvir secretário

A Câmara de Vereadores aprovou na sessão desta quinta­-feira, 19 de outubro, requeri­mento de Marcos Papa (Rede) que convoca o secretário muni­cipal da Fazenda, Manoel Jesus Gonçalves, “para prestar esclare­cimentos sobre a proposta de re­visão da Planta Genérica de Va­lores (PGV)”, que serve de base de cálculo para o Imposto Pre­dial e Territorial Urbano (IPTU).

O requerimento relaciona uma série de razões para a convo­cação. Papa cita que “a população ribeirão-pretana está passando por uma grave recessão, com elevados índices de desemprego”. Diz que “a arrecadação com o IPTU vem crescendo ano a ano, de forma orgânica (aumento de 9% na re­ceita, sem computar a revisão da PGV) e essa atualização da plan­ta genérica avançará ainda mais no bolso do contribuinte”.

Ele cita ainda “a necessidade de se ter muito critério para calibrar a situação para não favorecer a especulação imobiliária, mas tam­bém sem inviabilizar novas cons­truções, porém, sem trazer uma excessiva carga aos contribuintes”. E fala sobre “a existência de dis­crepâncias de avaliação” e o curto prazo “firmado para a atualização, ou seja, ao logo de três anos, res­pectivamente 50% em 2018, 25% em 2019 e 25% em 2020”.

O requerimento foi aprova­do por unanimidade e será agora transformado em projeto de reso­lução da Mesa Diretora, que volta­rá a ser apreciado pelo plenário na semana que vem. Se aprovado, a Cãmara agendará uma sessão ex­traordinária para ouvir Gonçalves. Com base no valor de mercado dos imóveis, o reajuste em 2018 pode chegar a 50% em algumas re­giões da cidade, mais 25% a partir de 2019 e mais 25% em 2020.

O secretário lembra ainda que a PGV não tem uma revisão completa desde 2003 e que, neste período, muitas regiões se va­lorizaram. Além disso, ele diz que em 2013 houve uma tenta­tiva de alteração, mas o aumen­to do IPTU com base no valor venal foi limitado em 130%, causando injustiças. “O IPTU de um imóvel na Zona Norte teve o mesmo reajuste de um na Zona Sul, muito mais valoriza­do”, explica. . A cidade tem cerca de 300 mil imóveis residenciais, comerciais, industriais e sem edi­ficação (terrenos).

O projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) entregue à Câmara em 30 de setembro não prevê qual o valor será arrecadado a mais com a revisão da PGV. A previsão da Fazenda na proposta é que o IPTU gere receita de R$ 349 milhões, ou 9,06% maior que a projeção para 2017, de R$ 320 milhões, aporte de R$ 29 milhões.

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