CLUBE DE ALUGUEL
Virou prática comum, os clubes atualmente vivem nas mãos de empresários, os chamados agentes de jogadores, técnicos e gerentes de futebol. Principalmente os clubes pequenos do interior, em dificuldades financeiras, são procurados por estes agentes para parcerias. Em muitos casos o negocio é oficializado e os empresários acabam se tornando donos dos clubes, como já aconteceu com o Comercial de Ribeirão Preto, Mirassol, Ituano e tantos outros. Há raros casos positivos, a regra é o clube ser explorado, surrupiado e abandonado no fundo do poço. Mesmo assim, no próximo verão acontece tudo outra vez com outras promessas e parcerias.
Disfarce…
Os dirigentes alegam que não há como fugir desta triste realidade e entregam-se aos exploradores. Deve haver um percentual de sinceridade, mas também há cartolas mal intencionados que se beneficiam do esquema. Há clubes que não oficializam a terceirização, mas contratam técnicos de empresários e esses disfarçadamente empregam seus jogadores. Esta situação é ainda pior porque passa a ser um clube de aluguel camuflado. Nestes casos, os dirigentes fecham os olhos por ingenuidade ou interesse. O Botafogo de Ribeirão Preto já passou por isso várias vezes e não se deu bem, mas repete a dose e corre os mesmos riscos com a contratação do técnico Léo Condé.
Frustração…
Por falar em contratação de técnico, Marco Antônio Machado deve estar frustrado. Mais uma vez ele não foi aprovado pela diretoria do Botafogo para voltar ao clube. Marco Antônio é o técnico que subiu com o Botafogo para a Série A do Brasileiro em 1998, com um trabalho sério e de boa sintonia com a equipe que dirigia o futebol do tricolor naquela época. Talvez seja este o seu defeito, que faz os dirigentes atuais vetarem o seu nome pela segunda ou terceira vez.