Agentes da Polícia Federal prenderam nesta quarta-feira, 18 de outubro, três pessoas acusadas de tentar aplicar um golpe milionário na Caixa Econômica Federal (CEF). A denúncia partiu do próprio banco estatal, que suspeitou da atitude de uma mulher. Segundo o delegado Guilherme Biagi, o trio abriu uma conta bancária com documentos falsos, em nome de uma igreja, com uma movimentação suspeita de R$ 800 mil.
Uma mulher foi detida antes de fazer um saque de R$ 100 mil e dois homens foram flagrados do lado de fora da agência. O delegado explica que a suspeita foi a uma agência da Caixa Econômica havia duas semanas para abrir uma conta em nome de uma igreja que recebeu, na última segunda-feira (16), o crédito de R$ 800 mil. Na terça-feira (17), ela entrou em contato com o banco para informar que faria um saque de R$ 100 mil, mas a gerência estranhou o procedimento e avisou as autoridades.
“A mulher que foi presa solicitou o provisionamento de valores para saque, mais de R$ 100 mil que ela pretendia fazer o saque na data de hoje. E tudo isso foi gerando desconfiança nos próprios funcionários da Caixa, porque não é comum esse tipo de movimentação por parte de uma igreja”, disse o delegado em coletiva à imprensa.
Nesta quarta-feira (18), agentes da Polícia Federal foram ao banco e encontraram a mulher assinando papeis dentro da agência e dois suspeitos do lado de fora, que estariam responsáveis pela segurança dela. Segundo a PF, a mulher mantinha uma relação de contas para fazer uma série de transferências com o dinheiro que estava na conta. “A gente vai apurar ainda em quais circunstâncias essas contas receberiam os valores, bem como os demais envolvidos, titulares ou não, dessas contas”, afirma Biagi.
Nenhuma movimentação chegou a ser efetivada e não houve prejuízos à igreja nem ao banco, informou a polícia. Todos foram levados para a delegacia da Polícia Federal em Ribeirão para serem interrogados e devem permanecer presos, segundo a PF. “Eles conseguiram ter acesso a esses dados, ainda não se sabe como, e, não fosse a própria instituição financeira perceber, provavelmente eles teriam êxito na empreitada criminosa”.
O delegado diz que ainda é cedo para afirmar que se trata de uma quadrilha especializada, mas o “modus operandi” do grupo é sofisticado. “Conseguiu fazer uma transferência num período curto de tempo de uma quantia elevada, que de fato pertence a essa igreja”, diz Biagi.