Tribuna Ribeirão
Política

Projeto chega hoje à Câmara

O texto final de revisão do Plano Diretor de Ribeirão Pre­to foi apresentado oficialmente nesta segunda-feira, 16 de outu­bro, em três etapas – a primeira, reunião, na parte da manhã, foi exclusiva para vereadores. No período da tarde, a proposta foi debatida com integrantes de conselhos municipais – Urba­nismo, Moradia Popular, Meio Ambiente, Saúde, Educação e demais setoriais – e à noite foi realizado um encontro aberto à população. Nesta terça-feira (17), o projeto de lei será proto­colado na Câmara.

O projeto também foi apre­sentado ao Ministério Público Estadual (MPE). O secretário municipal de Planejamento e Gestão Pública, Edsom Ortega, destaca que a principal carac­terística do texto final é a parti­cipação da população. Perto de 500 pessoas estiveram presentes nas seis audiências públicas pro­movidas em setembro pela Pre­feitura de Ribeirão Preto, que ao longo dos debates recebeu 242 sugestões da sociedade.

As 242 propostas foram feitas por e-mail, documentos entregues na Secretaria do Planejamento e Gestão Pública e diretamente nas audiências. Segundo a adminis­tração, 165 foram direcionadas ao Plano Diretor e 128 foram acolhidas totalmente, o que representa 78% das sugestões feitas ao texto final – as demais foram acatadas parcialmente.

As sugestões versam sobre di­ferentes temas, como as Zonas Es­peciais de Interesse Social (Zeis), a cota de solidariedade, o perímetro de expansão urbana, a proteção do Aquífero Guarani e a previsão de­mográfica. Marcos Papa (Rede), presidente da Comissão Perma­nente de Finanças e da Comis­são Permanente de Meio Am­biente da Câmara, acompanhou a apresentação do texto final no Palácio Rio Branco, na manhã desta segunda-fera.

Ele adianta que dará parecer favorável ao projeto que será en­tregue hoje na Câmara. “O texto avançou muito em relação ao anterior, a começar da definição do prazo, entre um e dois anos, para a aprovação das demais leis do Plano Diretor, como a de Uso e Ocupação do Solo, a do Mo­biliário Urbano e o Código do Meio Ambiente”, destaca Papa.

O vereador não apresentou emendas e optou pelo encami­nhamento de 40 sugestões da população diretamente para o governo Duarte Nogueira Jú­nior (PSDB), no momento em que o Executivo recebia as con­tribuições da sociedade. “Foi uma questão de estratégia, eu sabia que assim a Prefeitura teria mais tempo para analisar as propostas. E deu certo, uma vez que 36 das 40 sugestões en­caminhadas por mim foram totalmente contempladas no texto final”, comemora.

A meta é que parte da legis­lação complementar seja con­cluída em um ano, começando pela Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo, uma vez que a oriunda da revisão de 2012 foi considerada inconstitucional pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP). Atualmente, o Plano Diretor de Ribeirão Preto é de 2003, data da última revisão.

“Tudo o que a gente colocar aqui, no Plano Diretor de Ribeirão Preto, temos que considerar o que tiver de melhor em qualquer lugar do mundo, em termos de políti­cas de desenvolvimento urbano, para que possamos ter para a nossa cidade essa preocupação extremamente responsável com o futuro da cidade”, explica o pre­feito Duarte Nogueira.

O presidente da Câmara, Ro­drigo Simões (PDT), promete agilizar o trabalho de aprovação do Plano Diretor. “A proposta que vai chegar à Câmara, assim que estiver protocolada, já vai imediatamente para o site da Câ­mara e será disponibilizada para todos os vereadores poderem ter conhecimento”, diz.

“Foi feito um trabalho bas­tante minucioso e teremos uma Lei extremamente completa, com os aspectos mais impor­tantes da nossa cidade, como o cuidado com o Aquífero Guarani, habitação de interes­se social, mobilidade urbana. Tudo foi muito bem pensado para que nós possamos, em até dois anos, encaminhar todas as demais leis complementares”, afirma Nogueira.

Plano Diretor – É parte integrante do processo contí­nuo de planejamento urbano construído com a participação da população e engloba todo o município. Promove, a partir de ações desenvolvidas por agentes públicos e privados, a melhoria dos serviços públicos e equipa­mentos urbanos, com a geração de emprego e renda com vistas à igualdade social, à justa distri­buição dos investimentos públi­cos na cidade, à sustentabilidade ambiental, à universalização do acesso à terra urbanizada e bem localizada a todos e à criação de condições de moradia digna.

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