Tribuna Ribeirão
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Larga Brasa

A LÂMPADA ATRAI AS MARIPOSAS
Um cidadão bem postado na sociedade tinha muita visibili­dade e presença nos jornais, rádios e televisões. Era sempre um homem prestante e aparentava ser alguém bem finan­ceiramente. Muitas moças interessadas em seus dotes, mais financeiros que os pessoais, o procuravam tentando conquis­tá-lo. Eram muitos os convites para festas, churrascos e até para motéis. Ele resistia e era fiel à sua esposa. Por mais que as armadilhas eram preparadas para que ele caísse, dificil­mente colocava a cabeça no laço.

A ARMADILHA FUNCIONOU
Certo dia, estava em uma festa em casa de amigos quando apareceu a moça que fazia marcação mulher a homem no cidadão escolhido para sua aventura. Ele bebeu mais que o limite e ela o convidou para levá-lo em seu carro. Ele garan­te que nada aconteceu, mas estava sob os efeitos de Baco, o deus da bebedeira, e ele não se lembrava de ter qualquer relação com a interesseira. Deixou-lhe um beijo com batom na cueca como recuerdo da noite.

CORRERIA PARA ESCONDER MARCAS
Logo pela manhã, ele que havia dormido no sofá, como castigo pela hora do retorno, viu o formato dos lábios da garota em sua cueca. Levantou-se rápido e retirou a roupa de baixo jogando no lixo em meio aos alimentos em deterioração. Tomou vários ba­nhos, checou o cheiro de algum perfume diferente ao de sua esposa e nada o alertou para se justificar. Foi ao trabalho sem o beijo de despedida da mulher.

O TELEFONEMA DA MULHER-ARANHA
A mulher-aranha que queria fazer teia em sua vida logo te­lefonou para seu serviço. Ele a atendeu de má vontade, mas ela estava vibrante e relatou fantasias mil que, segundo ela, os haviam enlevado a noite. Ele não se lembrava de nada. Ela emendou, ”que sorte a sua, imagina que era meu dia fértil”. Ele nem respondeu. Desfaleceu. Não se lembrava de nada. Esta­va anestesiado e procurava puxar o fio da meada para contes­tar ou afirmar e arrumar uma saída.

O CERCO
A mulher era escolada. Começou a telefonar para amigos e amigas avisando de seu novo affaire. Dava o nome, endereço e o DNA. Principalmente este último. Ele não sabia o que fazer. Um colega que o acompanhou em uma bebida em um bar da moda o viu em tristeza profunda. Ele relatou o fato. O amigo se comprometeu a resolver a situação: marcou encontro com a vivaldina e foi direto: ”Vocês tiveram relação…” Ela confirmou: ”Sim, foi uma noite adorável, para não se esquecer nunca”. Ele então começou a argumentar: ”Você não sabe quanto ele de­seja um filho. A esposa dele não pode engravidar e ele quer uma criança. Ela se assustou e ele completou só que ele não tem esperma e não pode ter filho. Se você vier amanhã vou lhe mostrar os exames que fez para saber de sua situação”.

SURPREEESAAA
No dia seguinte, na hora marcada, ela estava no barzinho. O ami­go arrumou com um motorista de sua empresa um atestado de ”azoospermia”, falta de esperma que era problema do profissional e acrescentou o nome do amigo apavorado. Sem pestanejar, a aventureira olhou o atestado em nome do seu alvo e, surpreendi­da, mas não muito, disse em alto e bom som: ”me enganei. Pensei que o filho fosse dele, mas não é. Deve ser de outro…” Por pouco, o fato não foi comunicado à Polícia. Ela se salvou por ele não ter querido denunciar a sua escapadela da qual se arrependeu e foi um marido fiel e exemplar para o resto da vida.

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