Após a saída do técnico Cuca, o presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, reconheceu neste sábado que a temporada da equipe é ruim e que o planejamento montado pela diretoria no início do ano não deu certo. Após ser eliminado do Campeonato Paulista, da Copa do Brasil e da Copa Libertadores, o Palmeiras está 14 pontos atrás do líder e arquirrival Corinthians no Campeonato Brasileiro, restando 11 rodadas para o fim da competição.
Neste domingo, às 17h, sob o comando do técnico Alberto Valentim, a equipe enfrenta o lanterna Atlético-GO, em Goiânia, e tenta manter-se na briga por uma vaga na Libertadores do próximo ano. A vaga no torneio, inclusive, foi cobrada pelo presidente neste sábado.
“É obrigação, temos que buscá-la. Agora, sabemos que outras equipes estão brigando e também têm condições. Obrigação, nós temos de título. O título hoje é muito difícil. Matematicamente, existe possibilidade, mas é muito difícil. Por isso que estar na Libertadores é o objetivo no momento. Estou sendo muito realista”, disse.
Com apoio de sua patrocinadora, o Palmeiras gastou R$ 115 milhões somente em reforços neste ano. Após as chegadas de nomes como Borja (jogador mais caro da história do clube), Guerra, Bruno Henrique e Felipe Mello, a expectativa era de o time conquistasse títulos ao longo da temporada, mas o Palmeiras acabou fracassando.
“Não foi ano bom, fizemos planejamento. Mas, em um clube como o Palmeiras, com nossa envergadura, poder de investimento, estrutura, quando não tem título, não é um ano positivo”, admitiu Galiotte.
O dirigente reconheceu também que a sua gestão cometeu erros. “É claro que tivemos erros, senão teríamos conseguido os títulos e não estaríamos aqui falando de saída de treinador. Sem dúvida, tivemos erros.”
FUTURO – Galiotte se esquivou sobre a possível chegada de Mano Menezes, atualmente no Cruzeiro, para comandar a equipe a partir do próximo ano e insistiu no nome de Valentim, mesmo sem garantir a permanência dele. “Sobre técnico, vamos tratar em outro momento. O técnico do Palmeiras é Alberto Valentim até outra situação que passe aos senhores”, disse.
Sobre a saída de Cuca, o dirigente afirmou que o treinador estava “desgastado” e que o empate por 2 a 2 com o Bahia, quinta-feira, no Pacaembu, foi a gota d’água para a sua saída. “Neste ano, não tivemos o desempenho do ano passado. Não tivemos a evolução que queríamos. Depois do jogo contra o Bahia, o representante do Cuca nos procurou dizendo que ele estava desgastado, muito próximo do seu limite. Nossa situação era parecida e, em comum acordo, decidimos pelo encerramento do ciclo”, afirmou.
Com a saída de Cuca, devem ganhar espaço a partir do jogo de hoje nomes como Borja e Felipe Melo.