Nesta semana, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgaram projeções distintas para a safra de grãos. Segundo o IBGE, o País terá neste ano a maior de sua história, com produção de cereais, leguminosas e oleaginosas atingindo 242 milhões de toneladas, o que representa alta de 30,3% (equivalente a 56,2 milhões de toneladas) em relação a 2016, quando a safra foi de 185,8 milhões de toneladas. Já a estimativa da área plantada passou de 57,1 milhões de hectares em setembro de 2016 para 61,2 milhões de hectares no mesmo período deste ano, um crescimento de 7,3%.
Regionalmente, a produção brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas é dominada pelo Centro-Oeste, que responde por quase metade da safra do País: 43,8%. Em seguida, vem a região Sul, com 35,3%; o Sudeste, com 9,9%; o Nordeste, com 7,4%; e o Norte, com 3,6%. Por estado, a produção é puxada por Mato Grosso, o maior produtor nacional de grãos, com participação de 26,2%; seguido pelo Paraná (17,2%); e Rio Grande do Sul (15,1%). Somados, os três estados respondem por 58,5% do total nacional previsto para este ano. Completam o grupo dos 10 maiores produtores de grãos Goiás (9,4%), Mato Grosso do Sul (7,9%), Minas Gerais (5,9%), São Paulo (4,0%), Bahia (3,4%), Santa Catarina (2,9%) e Maranhão (1,8%).
Já a Conab prevê que a safra de grãos 2017/2018 deverá registrar redução de 4,3% a 6% em relação à de 2016/2017. De acordo com a projeção, a produção deverá ficar entre 224,1 e 228,2 milhões de toneladas, uma queda em relação à última safra, de 238,5 milhões de toneladas. Segundo a companhia, condições climáticas altamente favoráveis contribuíram para a safra passada alcançar recorde histórico. Tais condições dificilmente se repetirão, por isso a expectativa de redução. A expectativa é de queda na produção em praticamente todas as culturas.