Tribuna Ribeirão
Política

Relator pode pedir mais prazo

Relator da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o tucano Bonifá­cio de Andrada (MG) disse que a maior parte de seu parecer se dedicará à acusação de formação de organização criminosa. À re­portagem, Bonifácio disse que já tem entre 80% e 90% do relatório concluído, mas que ainda não descartou a possibilidade de pedir mais algumas horas de prazo para apresentar seu voto.

“É uma hipótese, mas ainda não estou certo se vou pedir. Tal­vez peça mais horas”, disse o tuca­no. Se não concluir o trabalho, o deputado deve pedir para que o presidente da CCJ, Rodrigo Pa­checo (PMDB-MG), convoque a sessão de leitura do parecer para a tarde desta terça-feira (10). Até o momento, a sessão está marcada para as 10h e o tucano corre para garantir que o calendário da vo­tação na comissão e no plenário não seja revisto.

Bonifácio destacou que o foco principal de seu trabalho é a aná­lise da acusação de organização criminosa. Além de Temer, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pede a abertura de pro­cesso contra os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral da Pre­sidência). A acusação de obstru­ção de justiça deve aparecer em segundo plano no parecer.

O relator sinalizou que não pretende separar as acusações no parecer de acordo com o car­go do denunciado, como quer a oposição. “A denúncia não separa as pessoas”, justificou o tucano.” Bonifácio disse que caberá a Pacheco decidir como fará a votação. “Eu tenho de me apegar ao conjunto que está na denúncia, que é a organização criminosa”, enfatizou.

Rito – A sessão de hoje (10)será a primeira da CCJ para analisar a denúncia contra Te­mer e seus ministros. O primei­ro a se manifestar será o relator, que apresentará o parecer pela admissibilidade ou arquiva­mento do pedido da PGR. Na sequência, será dada a palavra aos três advogados de defesa, que poderão fazer a sustentação oral pelo mesmo tempo que for concedido ao relator.

Ao término das apresenta­ções do relator e dos defensores, é dado como certo o pedido de vis­ta. Assim, o processo só voltará à pauta da CCJ após duas sessões. A comissão se reunirá novamen­te para discutir o tema no dia 17 de outubro, data destinada aos debates. Na ocasião, poderão falar os 132 membros titulares e suplentes, 40 não membros (20 a favor e 20 contra o parecer) e lí­deres de bancada. A expectativa é que o tema vá a plenário entre os dias 23 e 24 de outubro.

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