Tribuna Ribeirão
Saúde

As doenças mais comuns na região

Doenças do aparelho circulató­rio – como enfarte, febre reumática aguda, doenças hipertensivas, doen­ças cerebrovasculares, doenças das artérias e das veias –, neoplasias (tu­mores), doenças respiratórias, lesões, envenenamentos e causas externas e doenças do aparelho digestivo estão entre as principais causas de morte nas cidades que compõem a regional de saúde de Ribeirão Preto. Doenças do aparelho circulatório e tumores re­presentam juntas aproximadamente 40% do total de mortes na região.

As constatações fazem parte do Boletim Saúde do Centro de Pesquisa em Economia Regional da Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Econo­mia (Ceper/Fundace). Os dados foram coletados a partir das bases de dados do DataSus, como o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID-10).

Definida pelo Ministério da Saú­de, a região de Ribeirão Preto – sob a responsabilidade do Departamen­to Regional da Saúde (DRS-13) – é composta por 26 cidades: Altinópolis, Barrinha, Batatais, Brodowski, Cajuru, Cássia dos Coqueiros, Cravinhos, Du­mont, Guariba, Guatapará, Jabotica­bal, Jardinópolis, Luís Antônio, Monte Alto, Pitangueiras, Pontal, Pradópolis, Ribeirão Preto, Santa Cruz da Espe­rança, Santa Rita do Passa Quatro, Santa Rosa de Viterbo, Santo Antônio da Alegria, São Simão, Serra Azul, Ser­rana e Sertãozinho.

O estudo do Ceper/Fundace ob­servou também que muitas das prin­cipais enfermidades que provocam morbidade hospitalar – que é o núme­ro de internações geradas por deter­minada doença – na região também figuram na lista das que mais causam óbitos. De acordo com o boletim, as sete doenças que mais causam inter­nações na região são: gravidez, parto e puerpério; doenças do aparelho cir­culatório; causas externas, doenças do aparelho digestivo; doenças res­piratórias; neoplasias e doenças do aparelho geniturinário.

Analisando a evolução de janei­ro a junho de 2017, verifica-se que essas doenças variam e trocam de posição a cada mês, com exceção do item gravidez, parto e puerpério, que ocupa sempre a primeira posição e provoca o número mais alto de in­ternações, aponta o pesquisador do Ceper, André Lucirton Costa, que co­ordenou o estudo sobre a saúde na região de Ribeirão Preto.

Costa também alerta que essas doenças vêm apresentando evolução, acometendo um número maior de pes­soas a cada ano, despertando atenção para a necessidade da prevenção, diag­nóstico e tratamento em virtude do grande número de mortes na região.

“Lesões, envenenamentos e causas externas, por exemplo, que é composta por acidentes domésti­cos e de trânsito e violência urbana e doméstica, já chegou a ocupar, neste ano, a segunda posição no ranking das principais doenças que provo­cam morbidade, e isso gera custos para as prefeituras e governo que poderiam ser facilmente evitados com o aumento de instrução, fisca­lização e segurança nas ruas”, alerta o pesquisador.

Recursos físicos e humanos – O estudo do Ceper mostra que a região de Ribeirão Preto conta com vasta opção e quantidades de estabeleci­mentos de saúde, bem como de pro­fissionais da área, o que lhe garante uma boa estrutura. Em termos ge­rais, a região possui 3.666 estabele­cimentos, dentre eles academias de saúde, postos de saúde, hospitais gerais e especializados, clínicas, uni­dades móveis de saúde, entre outros.

Possui também uma vasta op­ção de equipamentos: 21.249, além de (dados de julho de 2017) mais de 21 mil profissionais de saúde e mais de 3.900 médicos (dados de julho de 2017), o que faz com que a região de Ribeirão Preto fique acima do deter­minado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), comprovando que está bem estruturada e organizada em seus recursos.

A cidade com maior índice de profissionais da saúde em relação à população é Santa Cruz da Es­perança (20,98/1000 habitantes), seguida por Santa Rita do Passa Quatro (19,13/1000 habitantes). Em terceiro lugar aparece Ribeirão Pre­to (18,88/1000 habitantes). As três seguem acima da média da região (14,69/1000 habitantes), sendo as duas primeiras favorecidas pela pe­quena população que possuem.

A Organização Mundial de Saú­de (OMS) preconiza como parâmetro ideal de atenção à saúde da popula­ção a relação de 1 médico para cada 1.000 habitantes. Observa-se assim o bom desempenho da região, que possui uma média de 2,69 méd./1000 habitante. Ribeirão Preto é a cidade com maior valor no índice: aproxima­damente 4,26.

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