SINAL DO ABANDONO
Quando o Comercial estava na terceira divisão, Série A3 do Campeonato Paulista, esta coluna deixou de abordar com frequência assuntos do ”Leão do Norte” até por compaixão. Em situação de penúria, consequência de administrações catastróficas e ”locação” a empresários, que destruíram o clube, o Comercial só não fechou as portas porque Brenno Augusto Spinelli Martins assumiu. Não conseguiu salvar o ”glorioso” alvinegro de Ribeirão Preto, que foi parar na quarta divisão, o fundo do poço, aí a compaixão ainda foi maior. Hoje, em pleno processo sucessório, a retirada da chapa do único candidato à presidência do Comercial é sinal de completo abandono. O enterro de uma história gloriosa.
Altitude…
O Brasil passou pelo desafio da altitude de La Paz, só não conseguiu passar pelo goleiro Lampe, que fez, no mínimo, umas 10 defesas espetaculares garantindo 0 a 0 entre Brasil e Bolívia pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Tite mostrou mais uma vez seu valor como técnico e como estrategista de planejamento para um jogo em La Paz. Aliás, a altitude derruba até locutores, muitos deixam de transmitir jogos por se sentirem mal ao chegar ao estádio. Só não derrubou Alcides Cosenzo, que narrava e ainda fumava, ao mesmo tempo, na transmissão do jogo do Brasil em que Mauricinho do Comercial foi campeão sul-americano defendendo a Seleção Brasileira.
Ouro…
Aconteceu o que era inevitável: Carlos Nuzman foi preso pela Polícia Federal. O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), só em barras de ouro, escondeu 16 quilos, o equivalente a 32 medalhas. Ele é acusado de comandar esquema de compra de votos no Comitê Olímpico Internacional para a eleição do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos-2016. A corrupção tomou conta do esporte, os corruptos tomaram conta do Brasil e o País virou uma vergonha mundial. O mais lamentável é que veículos de comunicação e jornalistas trataram com estes malfeitores sabendo quem eles eram. Fecharam os olhos em nome do interesse comercial.