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Defesa critica Janot e chama delatores de ‘iscariotes’

O presidente Michel Temer (PMDB), por meio de seus advogados, entregou nesta quarta-feira, 4, à Câmara dos Deputados sua defesa contra a segunda denúncia do ex-pro­curador-geral da República Rodrigo Janot – a primeira a Casa barrou. O peemedebista é acusado pelos crimes de or­ganização criminosa e obstru­ção de Justiça.

Temer chamou de “iscario­tes” os empresários Joesley Ba­tista, Ricardo Saud e o doleiro Lucio Funaro, seus delatores.

“A rejeição da autorização para processar o defendente (Te­mer) selará, novamente, o com­promisso dessa Egrégia Câmara dos Deputados com o Estado Democrático de Direito”, assina­la o documento de 89 páginas, subscrito pelos advogados pena­listas Eduardo Pizarro Carnelós e Roberto Soares Garcia.

“Se não porá fim definitivo às acusações, porque isso cabe­rá ao Juízo competente ao final do mandato presidencial, ao menos a decisão de Vv. Ex.ª im­pedirá que novos danos sejam causados à vida institucional e política brasileira por uma de­núncia que, viu-se à saciedade, não tem nenhuma consistên­cia”, alegam os defensores.

No texto endereçado ao presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câ­mara, deputado Rodrigo Pa­checo (PMDB/MG), a defesa ressalta. “O presidente Michel Temer, como antes confiou, hoje também confia em Vossa Excelência e, por isso, aguarda sereno a rejeição da autorização solicitada”.

“Afinal, ao contrário do ex­-procurador-geral da Repúbli­ca, o defendente (Temer) sabe que essa Casa não é composta por bandoleiros, mas por ho­mens e mulheres que se dedi­cam ao atendimento das neces­sidades da população brasileira, e por isso têm consciência da importância de não permitir a instalação de mais uma grave crise político-jurídica, a qual teria ruidosas consequências sobre a vida do País e de seu povo, trazendo sofrimentos cujo encerramento é o desejo de todos”, segue a defesa.

Para o Supremo Tribunal Federal (STF) analisar a denún­cia é preciso que a Câmara dê autorização. A acusação está tramitando na Casa. No dia 26 de setembro, a segunda flecha­da de Janot contra o presidente foi lida em plenário por mais de cinco horas e meia.

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