Por Maria Regina Silva
A relação entre os preços do etanol e os da gasolina na capital paulista fechou setembro no nível mais baixo para o mês desde 2015, de acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). No período em análise, essa equivalência atingiu 67,38%, na comparação com 61,57% há dois anos. Em agosto deste ano foi de 68,04%.
Conforme o economista da Fipe André Chagas, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a taxa de inflação na cidade de São Paulo, a queda no valor da gasolina tem ajudado a manter a relação entre os combustíveis abaixo da marca de 70%.
Para especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do etanol é de 70% do poder do combustível fóssil. Com a relação entre 70% e 70,5%, é considerada indiferente a utilização de gasolina ou etanol no tanque.
A expectativa de Chagas é que a equivalência entre os preços dos combustíveis continue inferior a 70%, refletindo a boa safra de cana-de-açúcar e o fato de os valores do açúcar não estarem atrativos a ponto de desviar a produção.
No IPC-Fipe de setembro, a gasolina desacelerou a alta para 2,70% (de 6,82%), enquanto o etanol ficou em 1,49% (de 7,49% em agosto).