Por Olga Bagatini – Especial para a AE
As vendas na Black Friday brasileira devem bater novo recorde em 2017. Segundo estimativa da Ebit, empresa que acompanha dados sobre o comércio eletrônico nacional, a movimentação deverá atingir R$ 2,185 bilhões, alta 15% em relação a 2016. O crescimento das vendas, no entanto, é menor do que o registrado em 2016, quando houve aumento de 17% em comparação aos números de 2015.
Uma pesquisa realizada pela Ebit mostra que 81% dos entrevistados pretendem consumir durante a Black Friday, sendo que 41% já adiantarão as compras de Natal. Para este ano, a estimativa é que os pedidos online aumentem 7,7%, de 2,92 milhões para 3,1 milhões. Além disso, o valor médio gasto por cada cliente deverá ser de R$ 695, alta de 6,4%.
Os produtos mais visados pelos consumidores são os eletrônicos, com 34% da intenção de compra, seguidos de eletrodomésticos (27%), informática (24%). Telefonia e celulares é o quarto mais visado, com 23% das intenções de compra, mas tem o tíquete médio mais alto, de R$ 1.236.
“A expectativa de crescimento está baseada no aumento do número de consumidores virtuais e na melhora do cenário econômico com controle da inflação, diminuição da taxa de juros e o índice de desemprego. O consumidor está mais confiante de que o pior da crise já passou, por isso deve usar parte do 13º salário para comprar na Black Friday”, explica em nota Pedro Guasti, CEO da Ebit.
A Black Friday será realizada no dia 24 de novembro. O evento foi criado nos Estados Unidos, onde é realizado na sexta-feira seguinte ao Dia de Ação de Graças. Chegou ao Brasil em 2010 e já se tornou a principal data do calendário do varejo eletrônico. Em 2016, as lojas registraram movimento 20 vezes maior do que um dia comum.
Apesar do crescimento das vendas, as chamadas “promoções maquiadas” – quando uma empresa eleva os preços dias antes da Black Friday para, em seguida, derrubá-los, anunciando grandes promoções -, ainda deixam o consumidor brasileiro desconfiado. Prova disso é que 38% dos entrevistados afirmaram que não pretendem comprar na Black Friday por não acreditarem nos descontos. Em 2016, eram 41%.