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Não tema o digital

O mergulho na realidade digital é irreversível. Mas o medo ronda grande parte das pessoas. Como convencê-las de que não perderão seus empregos e de que a turbulência da imersão no virtual pode ser benéfica?

Toda empresa, entidade ou instituição – aqui se incluem as escolas – precisam de um novo esquema para assimilar a completa informatização. Um gestor digital que olhe para o futuro, um financeiro que dê suporte aos novos modelos, um de tecnologia que adapte e promova conexões, um de marketing interno e externo, que saiba “vender o peixe” e um profissional de recursos humanos que saiba aproveitar as pessoas certas e promova um ambiente de inclusão.
É urgente criar uma conexão verdadeira, antecipar o que as pessoas precisam. Desde as pequenas coisas, até soluções macro. Com audácia e ousadia. Pois tudo parece possível no mundo da inteligência artificial.

A tecnologia não pode sufocar o aspecto humano. Pessoas continuam medrosas, sen­síveis e assustadas. Os avanços da ciência e da tecnologia devem servir para desanuviá-las, serená-las, não apavorá-las.

Não é investir apenas no hardware. Um estudo da Oxford Economics com 3,1 mil em­presas de 17 países, evidenciou que as 100 mais bem-sucedidas na transformação digital – 37% delas com faturamento superior a US$ 10 bilhões – gastaram mais do que as outras em treinamento para reciclar o conhecimento de funcionários, executivos e gestores. Con­trataram mais do que as outras e criaram funções como a do “Chief Automation Officer”, um diretor de automação.

Uma informatização bem feita impacta a gestão de talentos e consegue motivar a equi­pe rumo a um crescimento harmônico. O segredo é oferecer soluções fáceis, que façam sentido para a rotina. E nisso, o jovem criativo e engenhoso, com sua circuitaria neuronal digital, pode fazer a diferença.

A criança e o jovem nutrem alta expectativa em relação aos avanços digitais. Por isso é urgente ser engenhoso. Soluções digitais para o processo de inclusão, de “onboarding”, são eficientes. Um assistente virtual chamado “Buddy”, acionado por celular, tira dúvidas e exibe ao ingressante os treinamentos disponíveis, o mapa do espaço de trabalho, as pes­soas que vão fornecer o equipamento do dia-a-dia, todos os passos para enfrentar o novo ambiente, mesmo antes de começar a trabalhar.

O setor que mais atormenta, o de RH, vai ganhar muito com esse avanço contínuo da tecnologia. Propiciará o feedback permanente. As avaliações de desempenho podem ser substituídas por aferição de competência simplificada. Mediante avaliação contínua da performance do agente, chega-se a resultados mais tangíveis, mais reais, do que o forma­lismo da nota atribuída pelo chefe ao final de um período.

O mundo novo está disponível. Basta vontade de usá-lo para que a ciência seja nossa parceira, não nossa constante ameaça.

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