Em um vídeo publicado em seu canal no YouTube nesta terça-feira, 26, Giovanna Ewbank falou sobre a forma como a adoção de sua filha Titi a fez mudar sua atitude em relação à desigualdade racial e também reclamou sobre o fato de ser “podada” durante o tempo em que trabalhou na televisão.
“Sempre soube que existia desigualdade racial, preconceito, mas não estava perto de mim. Então eu não tinha essa noção. Hoje em dia, quando entro num restaurante, quero ver quantos negros estão sentados comendo no mesmo restaurante que eu. Nos ambientes que eu estou, quero ver quantos negros e quantas negras estão ali, comigo. Minha vida mudou completamente depois que a Titi chegou. Meu objetivo de vida é que ela seja a mulher mais feliz deste mundo, empoderada, que lute pelos seus direitos, que sirva sim de inspiração para outras crianças e outras mulheres negras”, desabafou, às lágrimas.
Em seguida, concluiu: “Tentar pelo menos alertar essas pessoas que sabe que existe a desigualdade racial, assim como eu sabia, mas alertar e fazer com que elas façam alguma coisa. Porque eu sabia e não fazia. Nunca fui racista, mas não fazia nada por isso.”
A atriz também falou sobre o rótulo que enfrentou no começo da vida artística por se relacionar com uma pessoa mais conhecida: “Eu comecei a trabalhar muito nova na Rede Globo, tinha 20 anos, estava começando uma carreira. O Bruno já tinha anos de carreira na Globo, e eu começando. Conheci ele um ano depois que comecei a trabalhar. Então, sempre fiquei vinculada como a namorada do Bruno Gagliasso, que era um grande ator, e eu, uma atriz que estava começando”.
“Nunca consegui mostrar de fato quem eu era ali dentro. No momento que eu mais consegui mostrar quem eu era dentro da Rede Globo foi quando fiz a Dança dos Famosos, quando comecei a falar por mim sem ser uma personagem. Depois, a matéria no Malauí, que fui eu, então as pessoas puderam me ver um pouco, e depois eu entrei pro Vídeo Show. Mas o Vídeo Show não deixa a gente falar da maneira que a gente fala. Tipo, eu sou desbocada, né gente? Eu falo ‘p***’, quando tô feliz, falo ‘c***!’. Numa televisão, numa emissora, você é podada da maneira que eles querem que você seja naquele produto. Então eu nunca pude mostrar quem eu de fato era. O Instagram que começou a me ajudar muito nisso, e o YouTube foi uma extensão muito importante, porque pude dar voz a mim mesma”, concluiu.