Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) de Ribeirão Preto e região decidiram nesta quarta-feira, 20 de setembro, em assembleia que começou no início da noite e avançou até as 22 horas, aderir à greve nacional que teve início ma terça-feira (19). São 31 sindicatos filiados à Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect).
O Sindicato dos Empregados na Empresa de Correios e Telégrafos de São Paulo (Sintect/SP) já havia emitido comunicado no dia 14 avisando a população sobre a greve da categoria – a segunda do ano. Entre o final de abril e o começo de maio, metade dos cerca de 600 funcionários dos Correios da cidade pararam – 400 deles na área operacional (são cerca de 260 carteiros e operadores do centro de distribuição). O déficit de empregados na área operacional é estimado em 50 trabalhadores.
A greve em Ribeirão Preto teve a adesão de mais de 50% da categoria. No comunicado emitido no dia 14, o sindicato informa que a ECT já havia dispensado dez mil trabalhadores por meio de um Plano de Demissão Voluntária (PDV) e agora prevê outro programa para demitir mais dez mil. Além disso, reclama que as negociações sobre o reajuste salarial começaram com 43 dias de atraso, em 12 de setembro, sendo que deveria ter início em 1º de agosto. Os sindicalistas alertam para o atraso na entrega de correspondências.
Entre terça e esta quarta-feira também houve assembleias em Araraquara, Barretos, Bebedouro e Franca, além de outras dezenas de cidade da base do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios na Região de Ribeirão Preto, que tem à frente Fernanda Romano. A paralisação é por tempo indeterminado. A entidade pleiteia melhores condições de trabalho, como a manutenção dos benefícios e a não cobrança da mensalidade do plano de saúde.
A categoria também tenta negociar um reajuste salarial de 8%. Segundo a Fentect, após mais de 40 dias desde a apresentação para a proposta, a empresa apenas tentou excluir cláusulas para o acordo coletivo de trabalho. Os funcionários também reclamam do fechamento de agências, o que dificulta os serviços postais e bancários, ameaças de demissão, corte em investimentos, suspensão de férias, entre outras questões. A entidade também demanda novos concursos para a reposição de funcionários que se aposentaram. A última seleção para empresa ocorreu em 2011.