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Amanda Nunes vence por decisão dividida e mantém cinturão do UFC

Com uma postura mais tática e menos agressiva do que de costume, a brasileira Amanda Nunes teve êxito na defesa do seu título do peso galo na principal luta do UFC 215, realizado em Edmonton, no Canadá, na noite deste sábado, ao derrotar a desafiante Valentina Shevchenko, do Quirguistão, por decisão dividida dos árbitros.

Dois juízes apontaram a vitória para a brasileira como 48 a 47, enquanto outro avaliou que Valentina triunfou por 48 a 47. E isso foi suficiente para a “Leoa” ampliar o seu retrospecto para 15 vitórias e quatro derrotas. “Eu queria mostrar ao mundo que estou aqui para ficar”, disse Amanda Nunes.

Foi uma luta em que as rivais esbanjaram cuidados e aplicaram poucos golpes, o que irritou os torcedores presentes ao Rogers Place. A situação só foi um pouco diferente no último dos cinco rounds, quando Amanda foi mais agressiva, partiu para a luta agarrada e derrubou duas vezes a oponente.

Em entrevista coletiva, Amanda Nunes declarou que a sua vitória foi uma resposta aos detratores, que a criticam por só conseguir definir as suas vitórias com nocautes rápidos, sem supostamente ter condições de lutar em alto nível por um tempo maior. “Eu sei que a multidão quer ver um nocaute, mas esta noite, essa luta foi para mim, para lutar os cinco rounds e provar que sou a melhor. Eu estou aqui para ficar. Estou aqui por uma razão”, disse.

Shevchenko agora acumula 14 vitórias e três derrotas no MMA. “Eu não concordo com a decisão”, disse a lutadora do Quirguistão. “Eu ganhei essa luta”, acrescentou apontando que venceu três rounds e minimizando o fato de Amanda Nunes tê-la derrubado no quinto. “Eu estava dando mais golpes no chão (do que Amanda, que estava por cima)”.

Essa foi a segunda vez que Amanda venceu Shevchenko em 18 meses. Em março de 2016, no UFC 196, o triunfo da brasileira foi por decisão unânime. Elas estavam programadas para lutar em julho no UFC 213, mas Amanda desistiu no dia do combate por problemas de saúde.

Amanda conquistou o cinturão do peso galo do UFC em julho de 2016, quando venceu Miesha Tate por finalização, com um mata-leão. Depois, derrotou Ronda Rousey em apenas 48 segundos, a nocauteando com uma sequência de socos.

Também pelo UFC 215, o brasileiro Rafael dos Anjos, ex-campeão do peso leve, finalizou o norte-americano Neil Magny no primeiro round para faturar a segunda vitória em duas lutas desde que mudou para a divisão dos meio-médios. O triunfo foi definido quando ele encaixou um katagatame com 3min34 de luta. “Estou indo para o cinturão. Estou treinando duro, sou ex-campeão peso leve e quero o cinturão dos meio-médios”, disse o brasileiro.

Em luta pelo peso mosca, Wilson Reis perdeu para o norte-americano Henry Rejudo, que venceu por nocaute através de socos no segundo round. Nos eventos preliminares, a peso galo Ketlen Vieira finalizou a norte-americana Sara McMann, o peso pesado Luis Henrique KLB perdeu por decisão unânime para o indiano Arjan Bhullar e Adriano Martins foi nocauteado pelo canadense Kajan Johnson.

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