O ex-ministro Geddel Vieira Lima chegou ao aeroporto de Brasília na tarde de ontem, após ser preso pela manhã em Salvador. Ele foi levado à Superintendência da Polícia Federal (PF) e, após conversar com advogado, prestou depoimento ao delegado da PF. Em seguida, ele passou por exame de corpo de delito e foi transferido para o Complexo da Papuda.
Há três dias, a Polícia Federal encontrou mais de R$ 51 milhões, atribuídos a ele, em um apartamento na capital baiana. A prisão foi feita pela Polícia Federal, pouco antes das 7h, no condomínio residencial onde Geddel cumpria prisão domiciliar, no Bairro da Barra, região nobre da capital baiana.
Foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão em Salvador, como parte da Operação Cui Bono, que investiga desvios de recursos em vice-presidências na Caixa Econômica Federal. O segundo mandado de prisão foi emitido contra o superintendente da Defesa Civil de Salvador, Gustavo Ferraz.
O pedido de prisão de Geddel argumenta a necessidade de medidas para evitar “a destruição de elementos de provas imprescindíveis à elucidação dos fatos”. Após a solicitação, o juiz federal Wallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal em Brasília, autorizou o cumprimento dos mandados, para recolher provas de crimes como corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Na última terça-feira (5), a Polícia Federal apreendeu malas e caixas de dinheiro, em um apartamento na Graça, em Salvador. O proprietário, Sílvio Silveira, confirmou em depoimento, que emprestou o imóvel a Geddel, que teria pedido para guardar pertences do pai, que morreu no ano passado. Até a manhã de hoje, Geddel cumpria prisão domiciliar.