Tribuna Ribeirão
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Lava Jato apura fraude na Olimpíada do Rio-2016

Quase dez meses depois da prisão do ex-governador Sérgio Cabral e de parte de seu secre­tariado e assessores mais próxi­mos, a força-tarefa da Lava Jato não só voltou às ruas do Rio nesta terça-feira, como tam­bém, pela primeira vez, rompe as fronteiras nacionais com o objetivo de rastrear o caminho do dinheiro desviado pela orga­nização criminosa liderada pelo peemedebista, tendo como alvos o empresário Arthur César de Menezes Soares Filho, conhe­cido como o “rei Arthur”, e o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, colocando em xeque o processo de escolha do Rio como sede dos Jogos Olímpicos 2016. O Ministério Público Federal afirma que há “fortes indícios” de que Nuzman “interligou corrup­tos e corruptores” na compra de votos dos membros do COI.

Arthur, o “rei”, tem contra ele e sua sócia, Eliane Pereira Cavalcante, mandados de pri­são preventiva, acusados de la­var parte do dinheiro do esque­ma a partir de uma sofisticada operação envolvendo offshores nas Ilhas Virgens Britânicas e contas nos Estados Unidos e Antigua e Barbuda. Já Nuzman, cuja casa foi alvo de busca e apreensão, é apontado segundo as investigações como suspei­to de intermediar a compra de votos de membros africanos do Comitê Olímpico Internacio­nal (COI) para a escolha do Rio como país-sede da Olimpíada.

As sedes do COB e do Comi­tê Rio-2016, também foram alvos de mandados de busca e apre­ensão. A operação foi batizada de “Unfair play’ (Jogo Sujo) e foi determinada pelo juiz da 7ª Vara Criminal, Marcelo Bretas, em cooperação internacional com as autoridades da França e de Anti­gua e Barbuda. No total, foram 11 mandados de busca e apreensão em bairros da zona sul do Rio, em Nova Iguaçu, e em Paris.

Agentes da Polícia Federal deixam a casa do presidente do COB, Carlos Arthur. Os agen­tes entraram às 6h na casa de Nuzman, no Leblon, e perma­neceram dentro da residência, que fica no luxuoso condomí­nio Jardim Pernambuco, na zona sul do Rio, até as 9h30. Acompanhados do promotor Eduardo El Hage e de inves­tigadores do MP francês, eles levaram um computador e um malote com documentos.

Nuzman seguiu direto para a Superintendência da PF, onde prestou depoimento e entregou o seu passaporte. Ele deixou a casa junto com os policiais em seu carro particular. Os presos serão indiciados por corrupção, lavagem de dinheiro e organi­zação criminosa.

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