Por Lauriberto Pompeu – Especial para a AE
A matéria publicada anteriormente, no dia 4 de setembro, com o título “Paciente de hospital em Fortaleza é 1º a receber vacina para tratar câncer” tinha incorreções no título e no texto.
Ao contrário do informado inicialmente, o Blincyto não é uma vacina, nem o paciente de Fortaleza foi o primeiro a recebê-lo. De acordo com o laboratório Amgen, que produz a droga, trata-se de um anticorpo monoclonal, cujo mecanismo de ação visa a ativar a defesa do próprio organismo do paciente para destruir as células tumorais. Desse modo, não é uma vacina, pois o tratamento com o produto não tem fim preventivo.
Ainda segundo a empresa, é indicado para tratamento da Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA), de precursores de célula B, recidivada ou refratária, em adultos.
Desde 2015, por meio do Programa de Acesso Expandido da Anvisa, o produto já vinha sendo oferecido de modo gratuito a pacientes brasileiros. De acordo com a Amgen, 58 pessoas foram beneficiadas neste período. A novidade é que em julho ele teve o preço aprovado pela Anvisa e, agora, a droga passou a ser comercializada no País. Ela é coberta por planos de saúde.
Por meio de nota, a empresa também alertou que o tempo de tratamento ainda é curto para falar em melhora. O tratamento consiste em ciclos de 28 dias. Podem ser realizados, conforme indicação em bula, até 5 ciclos, dependendo da resposta do paciente e da decisão do médico.
Segue matéria com o título e o texto corrigidos.
Um medicamento inovador para o tratamento de leucemia com recidiva começou a ser comercializado no País. A droga Blinatumomab, conhecida como Blincyto, possui tecnologia de ponta e seu mecanismo de ação visa ativar a defesa do próprio organismo do paciente para destruir as células tumorais. A molécula se liga à célula tumoral e à célula imune do paciente, fazendo que o tumor seja destruído pelo sistema imune do próprio paciente.
Em julho, o medicamento teve o preço aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, agora, a droga passou a ser comercializada no País. Ela é coberta por planos de saúde.
Um paciente do Hospital São Camilo Cura d’Ars, em Fortaleza (CE), foi um dos primeiros a receber a droga, depois que ela passou a ser comercializada. Outros 58 pacientes, porém, já haviam sido beneficiados desde 2015 dentro do Programa de Acesso Expandido da Anvisa, que antecipa o fornecimento de algumas drogas inovadoras de modo restrito, mesmo antes de sua aprovação final no País.
Segundo o responsável pelo tratamento do paciente no Hospital São Camilo Cura d’Ars, em Fortaleza (CE), e pós-doutor em hematologia, Ronald Feitosa Pinheiro, o medicamento é indicado para o caso do paciente em questão. Ele é reincidente, sem opções de tratamentos.
O tratamento foi iniciado na última sexta-feira, 1º de setembro, e o paciente já demonstra sinais de melhora. Segundo Pinheiros, “as ‘células ruins’ caíram de 60 mil para 4 mil”.
A duração total do tratamento é de 28 dias. Podem ser realizados, conforme indicação em bula, até 5 ciclos, dependendo da resposta do paciente e da decisão do médico.
Por meio de nota, a Amgen, que produz a droga, alertou que o tempo de tratamento ainda é curto para falar em melhora. “A Amgen fica muito satisfeita em saber que, na percepção do médico responsável, o paciente já vem apresentando sinais de melhora. Porém, apesar do índice apontado como sinal de melhora – contagem de células tumorais – ser um dos indicativos de resposta ao tratamento, este é um período muito curto para medir e confirmar o sucesso da terapia”, informou a empresa.